Enquanto doentes esperam consulta, 926 não comparecem

A Secretaria Municipal de Saúde divulgou na semana passada um número que chamou atenção. Apenas no mês de maio 926 pessoas, usuários do serviço de saúde, não compareceram nas consultas agendadas. Este volume corresponde a 1,39% da população estimada de Montenegro. Somente na UBS Centro foram 225 ausências.

Transformados em Reais, esta ausência equivale a quase R$ 28 mil mês, jogados literalmente fora, considerando o custo de cerca de R$ 30,00 a consulta. Não estão computadas neste percentual as consultas com especialistas.

Conforme esclarecimento da área da Saúde, as pessoas que aparecem com sintomas agudos são atendidas na hora nos Postos de Saúde ou na Assistência. Já aqueles que apresentam problemas mais crônicos, que necessitam de acompanhamento, têm a consulta agendada. Exemplos: Pessoa gripada, com falta de ar – atendida na hora. Diabético crônico em busca de requisição para exames – agendamento. Vítima de queda, com suspeita de fratura – atendida na hora. Pessoa com dores nas costas – agendamento. Estes agendamentos, em média, são programados para 14 dias.

Foto: Jornal Ibia

Outro número impactante é o total de consultas agendadas para o mês de maio: 9.174, que equivale a 13,9% da população de Montenegro. Nesta totalização ainda faltam os atendimentos imediatos nas UBS, na Secretaria da Saúde e Plantão 24 horas e as consultas com especialistas. Uma fonte apontou que em alguns meses este número total passa de 20mil consultas.

É preciso fazer uma reflexão e uma meia culpa por parte dos usuários dos serviços de saúde. São comuns as notícias de falta de recursos essenciais em situações de emergência, como aconteceu recentemente com a morte de uma criança por falta de UTI pediátrica e Ambulância com UTI para transportá-la para outro Hospital. Se por um lado os recursos da saúde são jogados fora, por outro falta estrutura para salvar vidas.

A fonte do recurso é a mesma. Cabe a nós, população, fazer a nossa parte, não desperdiçando o recurso. Podemos achar que “faltar a consulta não dá nada, o médico vai ter que ir igual trabalhar”. Alguns alegam que, nestes 14 dias que aguardam a consulta, já melhoraram. Mas, por que não avisar? Este ato poderia antecipar a consulta de outro cidadão e, no geral, reduzir a média de dias de agendamento quem sabe de 14 para 10 dias, se atingíssemos um alto nível de consciência do cidadão.

É de responsabilidade do Município disponibilizar os serviços de saúde para a população. E o cidadão não pode simplesmente jogar fora uma consulta médica que pode fazer diferença para outra pessoa, que precisa de exames e quem sabe ter a chance de um diagnóstico, que pode fazer a diferença entre viver e morrer.

Há muito que avançar na saúde pública de Montenegro, no que diz respeito a reorganização dos processos internos, remodelação da plataforma de agendamento de consultas e ampliação de consultas especializadas. Mas a mesma população que cobra, e com razão estas melhorias, precisa ter mais responsabilidade e solidariedade com quem está na fila de espera. Agendou, tem que comparecer ou avisar da desistência em tempo hábil de poder chamar outra pessoa que necessite.


Vem aí os “azuiszinhos” de Montenegro
Um novo debate deve receber atenção especial na Câmara de Vereadores. Projeto de Lei, encaminhado ao Legislativo, propõe mudanças nas atribuições da Guarda Municipal. Segundo o Executivo, após treinamentos, os agentes passarão a trabalhar com armamento letal, tornando-se uma força auxiliar na segurança pública. Com a mudança proposta, se aprovada, a Guarda Municipal deverá fiscalizar e aplicar a legislação de trânsito, liberando a Brigada Militar integralmente para o policiamento ostensivo.

Foto: arquivo jornal ibiá

Busca de consenso
O objetivo do prefeito Gustavo Zanatta é promover um amplo debate, buscando um consenso na formatação das novas funções. Consenso será difícil numa pauta complexa. Importante é que a administração está disposta a debater e encontrar soluções para o trânsito, especialmente numa reivindicação da comunidade que já é antiga. Que se iniciem os debates !


Sem cidade
Em dezembro de 2018, quando entrou em vigor a placa padrão Mercosul no Estado, uma das principais críticas centrava na impossibilidade de identificar a cidade de origem do veículo. Um carro “suspeito”, com placa de outro município circulando “na minha rua ou no Bairro”, era um tipo de comunicação rotineira a Brigada Militar.

Passados mais de três anos, cada vez menos placas contendo o nome da cidade circulam pelas ruas e rodovias, dificultando uma identificação visual por parte da população e da própria Brigada Militar. Muitos delitos certamente foram evitados com as denúncias da população identificando veículos de outras cidades.


Bom exemplo
Em São Vendelino, a prefeita Marlí Lourdes Weissheimer adotou uma medida simples, mas que pode ajudar na identificação dos carros. Um adesivo com a frase “Sou de São Vendelino, sou do Pequeno Paraíso” foi a forma encontrada pela administração municipal para identificar os veículos da cidade. Segundo registrou o Jornal Primeira Hora, a idéia da prefeita surgiu pela dificuldade de reconhecer os automóveis e motocicletas que circulam pelo município. Os adesivos são disponibilizados pela Prefeitura gratuitamente. Simples e útil.


“Eu não vou desistir de ser uma vereadora.
Por alguns acharem que não sou competente ou que sou uma fraca.
Eu não sou fraca. Resisti até hoje e vou prosseguir.” – Vereadora Fabrícia de Souza (PP), referindo-se as ofenças racistas da qual foi vítima nas redes sociais.

Foto: ACOM Câmara

Banco de doações
O secretário Luis Fernando Ferreira a frente da Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania (SMHAD), tem se destacado por ações simples, mas de grande relevância. Sua mais recente iniciativa é o lançamento do Banco de Doações. O espaço que visa ser uma referência para a entrega e o recebimento de vários tipos de donativos está localizado na Rua Dr. Flores, 752, no antigo Departamento de Trânsito.

Faça a sua parte!
O Banco é um ponto de entrega e de recebimento de doações, de maneira permanente, em benefício de pessoas que enfrentam dificuldades financeiras. Todas as famílias e empresas montenegrinas, que tenham algum móvel, roupa, alimento ou material de construção que não esteja sendo utilizado em sua casa ou estabelecimento, agora poderão fazer a doação a qualquer momento. Sem ter a necessidade de esperar uma campanha específica.

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