Estudantes com alguma característica especial, que necessitem de atendimento diferenciado intelectual, visual, auditivo, físico, neuro motora, altas habilidades/superdotação, transtorno do espectro autista, transtornos, funcionais específicos, entre outros, passam a ter um novo suporte em sala de aula.
Os vereadores aprovaram por unanimidade o PL 25/2023 para contratação de 120 Assistentes de Educação Inclusiva, que vai viabilizar uma qualidade de ensino e aprendizagem para estas crianças nas Escolas Municipais.
O número chama à atenção. Mas, a realidade é esta. Todos nós conhecemos uma ou mais famílias que enfrentam esta situação, onde seus filhos precisam de um olhar ou um acolhimento diferenciado. A prefeitura não fará a contratação de todos de uma só vez, até porque é necessário a acompanhar os limites de gastos com pessoal.
O vereador Gustavo Oliveira mencionou números de um estudo, que teve acesso, apontando que, de cada 44 crianças nascidas, uma delas apresenta alguma fase do espectro autista e outros estudos projetam daqui para frente a cada 10 crianças nascidas uma será portadora de alguma forma de autismo.
Uma política inclusiva para crianças com necessidades especiais precisa ser contínua e esta iniciativa, materializada com a aprovação da contratação destes monitores, coloca um divisor de águas. Administrações futuras não poderão fugir a esta responsabilidade, pois a sociedade estará sempre alerta.
Todos os assistentes contratados serão capacitados, através de formação especializada em atendimento inclusivo. Esta capacitação será fundamental para que estas crianças possam vencer obstáculos decorrentes da falta de acessibilidade para sua condição física, sensorial, intelectual ou psicológica e seguir em frente de forma saudável e autônoma.
“É bem provável que em cada sala de aula tenha uma” – Vereador Gustavo Oliveira referindo-se ao autismo.
Luta pelo Plebiscito continua
Moradores do Pesqueiro fizeram nova manifestação pedindo plebiscito sobre a instalação ou não da Proamb na localidade. O temor se renovou quando a Fepam prorrogou o prazo para a empresa apresentar a documentação necessária. Pela Lei, cabe à Câmara convocar a consulta, embora a maioria dos vereadores entende que a Lei 6.967/22 é suficiente para barrar a licença de instalação da central de resíduos no Pesqueiro. Até que este novo prazo se esgote, sempre haverá preocupação.
Mudança no CRAS
O vereador Talis Ferreira (PP) trouxe a sua indignação com relação à realocação da psicóloga Jaqueline Porto. Lembrou que ela foi fundamental na criação e organização do CRAS e lá atuava há 15 anos. A profissional trabalha no Município há 19, como concursada.
A preocupação do vereador também diz respeito à relação profissional-paciente, que não foi observada com a transferência abrupta da psicóloga. Em se tratando de saúde mental, onde os vínculos de confiança entre profissional e paciente são mais sensíveis e contundentes, o mais prudente seria uma transferência planejada e assistida.
Na live da sessão, uma profissional do CAPS, Leila F. Santos, argumentou “estou há pouco tempo no CAPS e entendo que o mais importante é o bem-estar dos pacientes. Lembrando dos princípios da impessoalidade e eficiência na administração pública”.
De outro ponto de vista, uma paciente também se manifestou, dizendo “a Jaque é maravilhosa eu não sei como vou seguir meu tratamento sem ela lá. Estamos surpresos.”
O que diz o governo
A administração, ao ser consultada pela Coluna, assim se manifestou: “A psicóloga Jaqueline Porto foi transferida para a Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania em virtude da necessidade que o setor possui para a implementação de novas ações. A larga experiência que a servidora acumulou ao longo dos anos será muito importante.”
A nota do Executivo diz ainda que outra psicóloga do quadro de carreira assumirá a função e que pretende, inclusive, implantar novas sistemáticas de trabalho, objetivando o atendimento mais direcionado a cada necessidade. “Quanto à relação de confiança, a situação de quebra já ocorre em momentos de férias, afastamentos e licenças, sem prejuízos ao tratamento. Até o momento, não chegou nenhuma reclamação à Secretaria da Saúde.”
Rafael na Coordenação
O secretário municipal de Gestão de Planejamento de Montenegro, Rafael Cruz, foi eleito coordenador regional do MDB Vale do Caí. Entre as tarefas a que deverá se dedicar, está a organização da legenda nos municípios do entorno para as eleições a prefeito e à Câmara em 2024, além da política de alianças com outros partidos. Também fazem parte da coordenação o vice, Darci Lauermann, de São Sebastião do Caí; o secretário Gabriel Affonso Assmann, de Feliz; e o tesoureiro Michael Schumacher, de Brochier.
Roçada na RSC-287 é questionada e vira desafio
Após questionamentos do vereador Paulo Azeredo (PDT) sobre a legalidade dos funcionários da Prefeitura estarem em um sábado fazendo roçada na RSC-287, especialmente em trevos de acesso, o assunto tomou conta das explicações pessoais.
O vereador Talis Ferreira (PP) disse ter uma memória de elefante e lembrou Azeredo que ele mesmo, quando prefeito, mandou fazer roçadas na rodovia, quando julgou necessário. Gustavo Oliveira também defendeu a iniciativa da administração Zanatta, por tratar-se de segurança.
O presidente Felipe Kinn chegou a dizer que “a gente tem que parar de gastar energia em procurar alguma coisa ruim, mas somar e continuar a contribuir para que o nosso Município cresça. Muitas vezes não somos vistos pelo Estado por causa de picuinhas políticas.”
Mas a culminância do debate foi promovida pelo vereador Valdeci Castro (Republicamos), quando desafiou Azeredo a fazer com ele a próxima roçada. Azeredo não amarelou e afirmou: “Não é problema para nós, tenho roçadeira e aguardo o convite”.
Valdecir disse que vai ensinar como fazer uma roçada que dure por 60/90 dias. Por fim, acabou desafiando todos os vereadores. O vereador Sérgio Souza disse que vai levar água gelada para os colegas.
Até um serviço que oferece mais segurança para os montenegrinos e a quem trafega na rodovia acaba virando polêmica. Foi espirituoso o vereador Valdecir. Se o colega acha que é ilegal fazer a roçada, desafio a roçarem juntos.