Com o início da propaganda eleitoral, os eleitores passaram a ser bombardeados por todo arsenal de propaganda disponível, especialmente no meio digital. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), propaganda política “são todas as formas de realização de meios publicitários que têm por objetivo conquistar simpatizantes ao conjunto de ideias de um partido e garantir votos”.
Antigamente se dizia “o papel aceita tudo”. Hoje, no mundo virtual, é possível dizer que um vídeo ou um card nas mídias sociais pode transformar um candidato em super-herói. Durante as campanhas eleitorais, é comum ver candidatos a vereador se apresentando como verdadeiros super-homens, como se fossem os únicos capazes de resolver todos os problemas da cidade. Esses candidatos costumam exagerar suas conquistas e prometer soluções rápidas e milagrosas. É fundamental que os eleitores não se deixem enganar por essas narrativas grandiosas.
Muitos desses candidatos tentam criar uma imagem de salvadores, atribuindo a si mesmos o mérito por realizações que, na verdade, são fruto de esforços coletivos ou de contextos complexos. Eles pintam um quadro simplista e irrealista dos desafios que a cidade enfrenta, ignorando o trabalho de equipe e as complexidades envolvidas na política.
Essas promessas frequentemente vêm acompanhadas de uma falta de transparência. Em vez de apresentar planos detalhados e realistas, esses candidatos preferem apelar para slogans e declarações genéricas. É fácil para os eleitores se deixar levar por discursos emocionantes, mas é essencial questionar a validade dessas afirmações e investigar o histórico e a competência real dos candidatos.
Para tomar uma decisão informada e consciente, é importante verificar as reais prerrogativas de um vereador, analisar as propostas do candidato com base em evidências e consultar especialistas e a comunidade. A eleição de um vereador é uma decisão séria e deve ser feita com base em informações concretas, não em promessas vazias. As principais funções de um vereador são legislar (criar e aprovar leis) e fiscalizar o Executivo.
Lembre-se: a responsabilidade de escolher representantes competentes e honestos é de cada eleitor. Evite se deixar enganar por discursos heróicos e busque sempre a verdade por trás das promessas.
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Em análise
Ainda encontra-se em análise o pedido de impugnação do candidato Paulo Azeredo. O que foi deferido pela Justiça Eleitoral é o registro da Coligação Juntos faremos Mais por Montenegro.
Conforme esclareceu o Cartório Eleitoral diz respeito: “a) a situação jurídica do partido político ou da federação na circunscrição, observado o disposto nos incisos I e II do caput e no § 1º-A do art. 2º desta Resolução; (Redação dada pela Resolução nº 23.675/2021)
b) a realização da convenção;
c) a legitimidade da subscritora ou do subscritor para representar o partido político, a federação ou a coligação; (Redação dada pela Resolução nº 23.675/2021)
d) a observância dos percentuais a que se refere o art. 17;”
O próximo obstáculo que o candidato tucano terá que vencer é o registro da sua candidaura,. O registro da Coligação e dos candidatos são processos e registros distintos.
Mas, mesmo que a Juiza da 31ª Zona Eleitoral indefira o registro, o candidato pode recorrer ao TRE , permanecendo com todos os direiros de candidato.
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Nota 8
O Vereador progressista, Ari Muller, 68 anos fez uma avaliação da sua trajetória no Legislativo Municipal. “Minha nota na política é oito. Concorri cinco vezes e me elegi em quatro. Na quarta, não me reelegi porque entramos eu e o Paulo Azevedo, pelo PDT, nosso eleitorado era praticamente o mesmo. Troquei de partido e no PP e me elegi de novo. Acho que fui aprovado, fui reeleito três vezes.”
Ari não vai abandonar a política. As especulações apontam para uma participação no Governo Zanatta, em caso de reeleição.
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Agora Pode?
A entrada na Câmara do projeto de lei que propõe isenção do IPTU, para imóveis atingidos pela enchente, chama a atenção para um detalhe. Por que só agora? Inúmeras cidades devastadas pelas enchentes adotaram de forma rápida a isenção de IPTU. Estrela, inclusive, já tomou esta atitude em função das cheias de 2023. E em nenhum momento, em qualquer parte do Estado, foi aludida ou reportada qualquer dúvida sobre a ilegalidade das leis de isenção aprovadas.
Ninguém contesta a pertinência e a necessidade da medida. Todos os vereadores vinham cobrando esta iniciativa do Executivo.
Justamente agora que entrou o período de campanha eleitoral ficou muito chato. E certamente será chamado de “medida eleitoreira”. Um desgaste ou uma crítica a qual o prefeito não precisava ser submetido. A estratégia de não abrir mão de receita não se sustentou…
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Impacto Financeiro
É de praxe e de responsabilidade do Legislativo analisar o impacto financeiro das ações do Executivo. Junto ao PL não foi encaminhado nenhuma projeção de perda de receita, ou seja, quanto os cofres do Município deixarão de receber com esta medida.
O vereador Ari Muller repetiu várias vezes que a medida não resultaria em abrir mão de uma receita, porque esta de fato não entrará nos cofres do Executivo, uma vez que a maioria dos proprietários não conseguirá pagar o IPTU, em função de todas as dificuldades financeiras.
É provável que nem mesmo o Vereador Talis Ferreira, que sempre cobra do Executivo Municipal o estudo de impacto financeiro, fará qualquer cobrança neste sentido.
Existe um consenso sobre este assunto, que deve superar inclusive questões políticas. Afinal, quem terá coragem de se posicionar contra este benefício as vítimas das enchentes ?
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