Os problemas de abastecimento de água em nossa cidade têm sido uma fonte constante de frustração e indignação. Mais uma vez, o Observatório aborda este assunto, que impacta na vida e no bolso de todos nós. O assunto também foi alvo de críticas de vários vereadores na última sessão legislativa.
Os vereadores Talis Ferreira e Claudete Eberhardt reiteram a gravidade da situação, destacando não apenas a qualidade do serviço prestado, mas também a profunda insatisfação da população, que só aumenta a cada episódio.
A manifestação do vereador Talis Ferreira retrata com clareza a insatisfação dos moradores: “Mais uma vez, estamos sofrendo com este problema… quando tu abre uma torneira, ou a máquina de lavar e encontra a tua roupa puro barro, isso é total desrespeito. É um absurdo.” Os moradores não apenas enfrentam a falta de água, mas também a entrega de água barrenta, o que acarretou em danos a roupas e eletrodomésticos, além de custos adicionais para a limpeza das caixas d’água. A indignação é palpável, e a cobrança por melhorias no serviço é incessante.
Outra preocupação levantada é o impacto nas ruas recém-asfaltadas. Segundo Talis Ferreira, “…a empresa ultimamente vem abrindo buracos e mais buracos na nossa cidade… e aí o que acontece: vão lá e fazem remendo.” A abertura constante de buracos por parte da empresa de abastecimento compromete a infraestrutura urbana e gera novos custos para a cidade, além de frustrar o esforço dos cidadãos, que lutaram por melhorias nas vias públicas.
A vereadora Claudete Eberhardt reforçou a complexidade da questão, mencionando as limitações legais e contratuais enfrentadas pelos vereadores. “Infelizmente, tem assuntos que ficam fora da alçada de um vereador…”, reconhece ela. Apesar disso, há uma mobilização conjunta em busca de soluções, por parte do Legislativo e Executivo, como o encaminhamento de denúncias ao Ministério Público e a busca por canais de reclamação junto à AGERGS, Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul.
Eberhardt destaca a importância da participação comunitária: “…a comunidade, as pessoas também têm a sua força… se eles conseguirem se unir, isso se torna uma grande força.” Ela convocou os cidadãos a relatarem seus prejuízos e a se unirem nas denúncias, fortalecendo o poder de reivindicação coletiva. O número da AGERGS para reclamações é o 0800 979 066 e o email da ouvidoria é [email protected].
É fundamental que o poder público, a comunidade e as entidades reguladoras trabalhem juntos para garantir um serviço de qualidade. Os vereadores estão fazendo sua parte, mas é essencial que cada cidadão também participe ativamente, utilizando os canais disponíveis para manifestar suas reclamações e buscar soluções efetivas.
A união entre a comunidade e seus representantes pode ser a chave para pressionar por mudanças significativas e assegurar um serviço de abastecimento que respeite e atenda às necessidades de todos.
Cais do Porto precisa urgente de manutenção
Talis Ferreira, Podemos, está requerendo uma reunião para tratar de melhorias no Cais do Porto. O vereador quer conversar com as secretaria de Gestão e Planejamento, Obras Públicas, Viação e Serviços Urbanos e também com o Movimento do Patrimônio Histórico e Cultural de Montenegro.
A revitalização do Cais do Porto será uma bandeira que o vereador vai defender neste ano. “Nós precisamos a revitalização deste espaço que é nosso cartão postal, junto com o Morro São João e o Parque Centenário”, afirmou Talis na Tribuna da Câmara.
No dia 17 de novembro de 2022, a manutenção da Orla do Rio Caí, em Montenegro, já havia estado na pauta da Câmara de Vereadores. O assunto foi específico: o desmoronamento que ocorreu em 2018, na calçada da orla, em frente à Escola da Brigada. O proponente da reunião, vereador Talis Ferreira, debateu o assunto com representantes do Executivo. Naquela reunião questionava se existia a possibilidade de a Administração Municipal consertar o talude após o desmoronamento, que vem causando cada vez mais risco. Em 2021, o Ibiá chegou a noticiar que sete empresas já haviam declinado o serviço .
Informação
O vereador Percival de Oliveira, Republicanos, foi o primeiro a encaminhar ao Executivo um pedido de informação. Ele quer saber qual será a destinação do Palácio Rio Branco. E se a administração municipal pretende reformá-lo.
Segundo o parlamentar, este patrimônio histórico precisa ser urgentemente recuperado e “utilizado com atividades importantes para o município de acordo com sua importância histórica para a comunidade montenegrina”. Já se passaram mais de dois anos desde que a administração oficializou a contratação do aluguel para a nova sede em setembro de 2022.
Este seria um espaço ideal para realocar o Museu Histórico Municipal Nice Antonieta Schüler ou o Arquivo Histórico e Geográfico Maria Eunice Müller Kautzmann, bem longe dos riscos de inundações.
Primeiros Projetos
O primeiro PL, Projeto de Lei, de iniciativa do Legislativo, é de autoria da vereadora Josi Paz (PP), que propõe a criação da Semana Municipal da Solidariedade e da Cidadania.
Com esta iniciativa, a parlamentar visa “exaltar ações solidárias, através de campanhas e ações semelhantes além de valorizar e reconhecer quem pratica o voluntariado.”
A data sugerida no PL é no mês de maio, associada às comemorações do aniversário de Montenegro.
O PL Nº 2 foi apresentado pelo vereador Tiago Maratá (MDB). Ele está propondo a instituição da Semana Municipal do Esporte, que compreende o dia 19 de fevereiro, que é o dia do Desportista.
Maratá sugere que sejam realizadas “atividades, esportivas de caráter recreativo, campanhas educativas, palestras, cursos, shows, passeatas, carreatas, ações sociais e demais atividades voltadas ao tema visando à consolidação do esporte como um meio de inclusão social e promoção a saúde”
De olho nos recursos
Os vereadores do MDB Tiago Maratá e Rivi Bulher encaminharam ao Executivo Municipal uma indicação para a criação de um Gabinete Especial de Projetos.
Os emedebistas participaram de uma agenda com a presença do vice governador Gabriel Souza, quando foi anunciado um montante significativo de recursos para Municípios atingidos pelas cheias, através do Programa de Reconstrução RS. Na oportunidade, a orientação do governo do Estado é de que os Municípios estejam preparados com bons projetos para se habilitarem aos recursos.
A iniciativa dos parlamentares é pertinente. É necessário agilidade e projetos bem elaborados para conquistar a preferência na aprovação e liberação de recursos. Em diversas oportunidade testemunhamos o staff da administração Zanatta referindo que o grande desafio é ter capacidade de elaborar os projetos.
Maratá e Rivi acreditam que “projetos específicos e bem elaborados são fundamentais para buscarmos junto ao Governo do Estado os recursos necessários para a mitigação dos efeitos das cheias em Montenegro.”