229 dias: o maior dos acertos

O livro “A Arte da Guerra”, escrito pelo general chinês Sun Tzu, considerado um dos livros mais antigos (em torno de 500 a.C), trata especialmente sobre estratégias de guerra. Atualmente, não apenas os administradores se baseiam em elementos estratégicos ensinados por Sun Tzu. Os políticos também se inspiram em algumas genialidades do general chinês, cravadas e experimentadas há mais de 2500 anos.

“A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”, uma das estratégias ensinadas nesta milenar obra tem muito a ver com a política local. Será que Zanatta e Cristiano estudaram o militar chinês? Ou se inspiram em outros estrategistas?

O que se enxerga é o amoroso relacionamento entre a administração Zanatta e o Legislativo. É elogio pra cá, palmas pra lá.

Os “guris”, mesmo antes de assumirem o comando do Palácio Rio Branco, já tinham consciência do fator “humor dos vereadores” em relação ao Executivo. Leia-se CPIs, impeachments, projetos rejeitados, críticas vorazes, etc… Em entrevista ao Ibiá na campanha eleitoral, Zanatta falou sobre o Legislativo: “na medida do possível, os vereadores serão atendidos nas demandas que apresentarem, independente de serem governistas ou da oposição. Precisamos chegar ao consenso de que todos temos que trabalhar do mesmo lado para a cidade voltar a funcionar como deve ser.”

Quem acompanha as sessões da Câmara ou segue os vereadores que costumam utilizar as redes sociais, imagina que pelo menos 8 ou 9 vereadores são da base de governo. A maioria deles, pelo menos 8, se rasga em elogios e reconhecimento ao trabalho executado nestes 229 dias. A estratégia das reuniões semanais, quando o Executivo sai do “Palácio” e vai até a casa do povo, vem aproximando e alinhando ações e objetivos.

Também não tem faltado o célere atendimento aos famosos pedidos de indicação. O vereador Valdeci de Castro (Republicanos) é um exemplo de como os edis são respeitados e afagados através do atendimento de seus pedidos para consertos de ruas, esgotos, limpeza, entre outros. Há poucos dias Valdecir profetizou na tribuna: “nunca tinha visto um governo fazer tanto em tão pouco tempo”. Na mesma sessão, a vereadora Camila Oliveira, também Republicanos, resumiu o que parece representar a lua de mel entre os dois poderes. Disse ela: “Me sinto muito feliz em fazer parte deste momento da administração pública, porque desde que acompanho a política local nunca vi tanto o Executivo quanto o Legislativo tão imbuídos do desejo de deixar um legado para esta cidade.”

Cabe lembrar que Zanata e Cristiano tinham na sua base de governo apenas 3 vereadores, os outros 8 estavam alinhados a outras candidaturas. Como estratégia de governo, estabeleceram diálogo e um ambiente tranquilo para trabalhar, sem a sombra da discórdia. Grande acerto que pode ajudar a construir outros acertos. Ainda há muito a ser feito, mas as condições existem.
Que este amor perdure enquanto for bom para a comunidade.

Olho no olho I
A última sessão da Câmara de Vereadores não foi muito agradável para o vereador Juarez Vieira da Silva (PTB). Primeiro Paulo Azeredo criticou a pintura de faixa amarela proibindo estacionar na rua paralela ao Hospital Unimed Vale do Caí, executada quando Juarez estava à frente do Executivo. Destacou que isso só trouxe incômodo aos usuários dos serviços de saúde.

Foto: acom

Olho no olho II
Depois foi a vez do vereador Gustavo Oliveira (Progressista) discordar da forma monocrática como o presidente do Legislativo definiu a utilização do anexo junto à Câmara para ser revitalizado. Oliveira acredita que a Câmara, ao assumir o prédio e reformá-lo, fica na contramão. Seria melhor, segundo ele, uma parceria com a iniciativa privada, onde poderia ser explorado algum tipo de comércio ou até um pub, com este parceiro responsabilizando-se em disponibilizar os banheiros públicos e mantê-los em condições de uso.

Pela comodidade
Juarez justificou que é preciso “dar comodidade a nossa população que utiliza o espaço”, referindo-se à orla. Alfinetou que não adiantam boas idéias se não forem executadas, como aconteceu no governo Kadu, do Progressistas, de Gustavo Oliveira.

Afirmou ainda que a Câmara tem condições de assumir estas melhorias sem a participação de terceiros. O espaço também deve ser disponibilizado para reuniões e eventos de entidades.

Ministro gaiteiro
O Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, foi recebido na Câmara de Vereadores por lideranças políticas da região, animados por um gaiteiro. Muito bem humorado, o ministro tomou a sanfona e, sem cerimônias, tocou a gaita.

É bem verdade que parecia que o Ministro estava há algum tempo sem dedilhar, mas quando tocou Asa Branca, de Luiz Gonzaga, ganhou aplausos. Mais tarde, na tribuna da Câmara, demonstrou conhecimento da arte. Disse que acordeon, sanfona ou gaita é tudo a mesma coisa. Instrumento que veio da Alemanha e foi aperfeiçoado pelos italianos. Das muitas marcas fabricadas no Brasil, destacou a gaúcha Todeschini. O acordeon Giulietti foi a que tocou aqui, a mesma que Dominguinhos tocava.

Sua terra é o nordeste, mas toma chimarrão todo dia e é gaúcho de coração. Contou que sua avó, que veio da Itália, foi viver em Veranópolis.

Volta pra casa!
Vereador Talis Ferreira fez efusivo convite ao prefeito Gustavo Zannata para participar da Convenção do seu partido, o Progressistas. Foi mais direto ao ponto e disse: volta pra casa, para os braços dos Progressistas, de onde o senhor saiu. “Prefeito, vou reservar a ficha número 1.”

Desabafo
A vereadora Camila Oliveira, Republicanos, ficou muito chateada por não ter sido convidada para o lançamento do PIM, Primeira Infância Melhor. Lembrou que o prefeito não é obrigado a atender as reivindicações do vereador, mas ela esperava ser considerada pela sua indicação. Sentenciou: “espero que a união e vontade de construir pela nossa cidade possa ser permanente.”
E avisou que espera reciprocidade e questionou: quem errou?
Abre o olho, prefeito!

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