Natal – gratidão e desafio

Parece que foi ontem que celebramos o Natal. Mas já está aí de novo.
O mundo que temos é uma criação, transformação, explosão. Depende do que acreditamos, do que aceitamos, do que nos passaram, instruíram, convenceram. Podemos ter inúmeras ideias e conceitos, temos inteligência, liberdade e vontade. Mas, para quem acredita em Deus e na versão da criação divina, tudo é obra Dele, menos o mal e suas alternativas.
A humanidade sempre buscou e busca interesses e resultados, muitas vezes de modo desordenado, desigual, desumano e injusto. Mas todos têm conceitos de certo e errado e não querem o erro, principalmente, aquele que prejudica, para si e para os seus. Dessa premissa, podemos concluir que todos conhecem o bem e o mal e querem para si as destinações boas. Mas, na busca de vantagens e confortos, nos decidimos e nos apegamos àquilo que nos favorece.
Se esse ser superior, ideologia ou energia, em que baseamos a nossa vida, nos induz a conhecer e querer o bem e o bom, teríamos que viver num mundo mais ordeiro, pacífico, fraterno e justo, com oportunidades e igualdade, com critérios, leis naturais e comportamentais que levassem toda a humanidade a ter dignidade de vida.
Para aqueles que acreditam na criação por ação divina, o que é exposto nos livros sagrados dos mais diferentes credos, por lógica, deveriam, por amor e gratidão, vivê-la de uma maneira mais intensa e extensa.
Como esse Deus se manifestou no Natal, enviando-se em Jesus Cristo, o filho amado, para confirmar tudo o que já havia sido dito e refletido até então, se pode afirmar que o bem querer, o amor e todos os elementos que nos fazem melhores, de um modo lícito e moral, devem fazer parte da norma de conduta de cada ser humano, em relação a si, aos outros, à natureza, aos elementos criados e aqueles gerados pela inteligência e criatividade humanas.
A partir dessa concepção, temos um compromisso de gratidão ao criador e àqueles que nos legaram uma herança positiva, justa, progressiva e com chances para todos. Essa atitude deve ser usual, permanente e notória naqueles que assim percebem o mundo, sua origem e seu objetivo.
Com essa aceitação ou crença somos levados a um permanente desafio, qual seja o de exercer, viver e propagar esse tipo de comportamento e atitude no cotidiano de nossas vidas, na família, no trabalho, na sociedade, na política, na cultura, no lazer, no esporte e nos ambientes nos quais estamos ou influenciamos.
Quem efetivamente vive essas premissas e tem como norma esses conceitos deve viver com otimismo, entusiasmo, alegria, buscando o entendimento e a paz, demonstrando ao mundo que é possível outro modo de viver, mesmo que os exemplos, principalmente de muitos superiores, não nos convençam a ter decisões e atitudes baseadas em tais estruturas.
Há alguns anos, a humanidade tinha uma grande preocupação: “que mundo vamos deixar para nossos filhos e netos?”, mas, em muitas situações, nos descuidamos do mundo, da natureza e, mais recentemente, de boas propostas e respostas aos nossos. Então surge um novo desafio: “que filhos e netos vamos deixar para esse mundo?”.
Reflitamos, neste Natal e Ano Novo, sobre a gratidão e o desafio que estamos enfrentando e vamos enfrentar nos dias que nos estão a suceder, com as oportunidades que ganhamos, iniciando com a vida e os recursos de que dispomos.
Sejamos amigos, justos, fraternos, dóceis, educados e o mundo será melhor.
Façamos um balanço da nossa vida, agradeçamos e não nos deixemos esmorecer. Somos uma peça na engrenagem, somos importantes, nossa omissão pode ser fatal.
Feliz Natal, abençoado e próspero Ano Novo!

Nicolau Alvísio de Oliveira
Contador

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