Quando os jovens namoram em casa

Os tempos mudam, as culturas mudam, as crenças mudam. Tudo o que a tempos atrás era considerado como certo, como norma das famílias de bem, hoje podem estar sendo questionadas e adaptadas a nossa situação psicossocial.

Namorar em casa era uma forma garantida para o namoro ser considerado sério numa família. As intimidades só aconteciam após um tempo e com o consentimento dos pais aceitando o namoro dos filhos. Especialmente da filha. O candidato era investigado, os pais queriam saber da religião dos candidatos, a que família pertenciam sempre visando um namoro com pessoas corretas e trabalhadoras.

Este era o conceito, a aceitação de pessoas corretas e de boa família. Aos poucos esta forma de avaliação foi modificando devido à globalização, nem sempre o candidato era de famílias conhecidas, a internet facilitou um salto nestes conceitos. Aos poucos novas formas de relacionamentos afetivos foram sendo construídas.

Hoje, nos grandes centros urbanos, transitar pela cidade à noite deixou de ser tranquilo e seguro. Tanto para o garoto como para a garota. Bares e danceterias estão sendo vistas pelos pais como problema e a segurança passou a ser preocupante. A ideia do garoto dormir na casa da namorada foi sendo assimilada por muitas famílias. Que no início ofereciam o sofá da sala e aos poucos o quarto ficou sendo uma opção para as intimidades dos jovens e, da mesma forma, os pais não se sentem invadidos.

Para os pais esta situação é vista como solução que, ao mesmo tempo, permite ter mais controle sobre o comportamento da filha. Essa atitude dos pais tem se tornado tão comum que o local onde mais ocorre a iniciação sexual da mulher é na própria casa.

Essas mudanças vem acompanhadas de muitas outras mudanças, como por exemplo, casais que formam novas famílias, a sensualidade exagerada nos meios de comunicação em que a banalização da sexualidade atinge todos os lares, a rapidez de informação nos meios sociais via internet e logicamente a evolução social.

Os jovens nos dias atuais têm muito mais apelo sexual e exigências quanto a sua competência na intimidade. Ambos se sentem por vezes forçados em acompanhar os seus iguais, embora não estivessem maduros para tal.

Os valores de cada família devem ser preservados, porém os valores e mudanças sociais fogem ao nosso controle. Portanto o diálogo entre pais e filhos é fundamental.

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