Após a merecida recessão, usufruindo de um veraneio como nunca visto, calor, mar verde e quentinho com temperatura estável, agora é mais que necessário voltar ao cotidiano, com as alegrias e os desafios diários.
No dia 8 de março, festejamos o Dia Internacional da Mulher. Como de costume, sinto-me orgulhosa em expressar meu sentimento e admiração.
Em toda história da humanidade, jamais houve uma evolução tão significativa e ao mesmo tempo rápida como a evolução feminina. Hoje o tal sexo frágil, cantado por Erasmo Carlos, não existe mais.
Muitos são os motivos que levaram a estas mudanças. A descoberta dos anticoncepcionais, nos anos 60, quando houve a grande manifestação feminista, com a queima de soutiens em plena praça pública. Nesta ocasião também foram queimados, simbolicamente, a atitude de milênios de esconder-se dentro de si mesmo. O soutien tem a função de conter, proteger, segurar e esconder.
Com este gesto de rebeldia, embora de forma pacífica, foi dado o início à grande mudança, onde todas se sentiram com os mesmos direitos, mesmo em classes sociais diferentes. O desejo de autonomia e valorização pessoal passou a ser uma exigência pessoal especificamente do gênero feminino.
A mulher, com esta demonstração de coragem, esta força que simbolicamente estava escondida em soutiens, abre seus horizontes, faz seu caminho, se redescobre todos os dias. As mudanças não vieram somente na área social econômica, mas também na escolha pessoal do estado civil e da maternidade.
A conquista deste espaço está longe de ser fácil. Toda conquista tem perdas e perdas geram sofrimento e incertezas. Mas cada uma, ao seu tempo e capacidade de tolerar as mudanças escreverá sua história.
A maternidade antes exercida somente pela mulher, hoje tem um grande aliado; o pai que de certa forma era excluído pela onipotência feminina em se achar insubstituível naquilo que entendia fazer melhor: ser esposa e mãe.
Parabéns para ti mulher, que este dia simbolicamente represente desejo de conquista de teu ideal mais íntimo, aquele que muitas vezes não abre nem para si.