Muitos conflitos no relacionamento seriam contornados se o casal se desse conta das diferenças entre o homem e a mulher. A pessoa vem de família de origem diferente, com diferentes formas de educação e convivência familiar.
Desatentos a isto, por vezes ambos avaliam como erradas características que vieram junto, que são compatíveis à experiência de vida de cada um. O hábito de avaliações, julgamentos e críticas precipitadas colocam o parceiro ou parceira na defensiva, impossibilitando o diálogo e o relacionamento maduro.
As diferenças de gênero não podem ser decodificadas e serem tratados como se fossem do mesmo universo. O julgamento e a crítica ativam rapidamente a defesa facilitando o isolamento do parceiro ou as discussões gratuitas, onde cada um quer ter razão de seus pontos de vista.
Difícil é pensar e aceitar que homens e mulheres são diferentes em sua essência. Que se não são ou não pensam igual ao outro, não quer dizer que têm menos valor ou que têm defeito.
Os homens por natureza lidam melhor com imprevistos, com maior objetividade visando a ação. Enquanto as mulheres sabem organizar-se melhor e planejar com mais eficiência. Portanto, não saber fazer o que o outro faz melhor fica por conta das diferenças individuais e não de falhas na personalidade. Se não pensa ou age igual não significa menos valia.
Por vezes, a impossibilidade de reconhecer o outro como um ser diferente significa que estamos presos as nossas autorreferências, que nem sempre estão certas. Todo homem tem algo de feminino e a mulher de masculino. Estas características facilitam a compreensão do outro, de colocar-se no lugar dele.
Ambos precisam tolerar o narcisismo ferido e ter empatia com o outro, com o sentimento do outro.
Para desenvolver o respeito e admiração pelo parceiro(a) há necessidade de tentar dominar o impulso de condicioná-lo a nossa verdade, a nossa moldura do certo e do errado. Ao chamado narcisista de poder sobre o outro.
Estas características levam ao ressentimento e ao desprazer da convivência a dois.