Amanhã tem Feira

Amanhã (17/10) começa a Feira do Livro de Montenegro, e como tal atividade não pode passar despercebida, usarei esse espaço para convidá-lo a prestigiar o evento. Talvez você, leitor, esteja nesse momento em dúvida se possui o perfil de quem compra livros. Convenhamos, se você lê com regularidade esse jornal, já está a meio caminho andado. O hábito da leitura não surge do nada. Pensando sobre isso, devemos apoiar os professores que vão além do básico em suas aulas, e tentam estimular o gosto pela leitura onde atuam.
Falando em professores, deixo aqui meus parabéns pelo seu dia, que foi ontem (15/10). Esses profissionais carecem de uma estrutura física melhor, jornada de trabalho melhor, salário melhor, ou seja, eles poderiam estar fazendo muito mais caso o contexto em que exercem sua profissão fosse mais favorável. A sociedade precisa entender que essas melhorias não vão beneficiar apenas a classe do magistério, mas por consequência, todos os alunos sairiam ganhando.
Falando em alunos, alguns professores me contaram sobre as dificuldades em encontrar meios de estimular o hábito da leitura entre as crianças e adolescentes. Tá difícil de achar livros que consigam prender a atenção de uma geração que possui entretenimento variado e ilimitado na palma da mão. Como uma professora resumiu: – Eles não têm um lápis, mas tem um celular.
Falando em celulares, não podemos deixar de notar a mudança proporcionada por esses aparelhos no que diz respeito ao acesso a informações. Há nem tanto tempo atrás, era necessário ir até o “conhecimento”, que em muitos casos estava confinado nos livros. Hoje, qualquer pessoa que usa redes sociais é diariamente soterrada de informações, tanto verdadeiras, quanto falsas, distorcidas ou fora do contexto. Ou seja, hoje precisamos aperfeiçoar nossa capacidade de lidar com o excesso, e isso, só conseguiremos aprimorando a tão falada “interpretação de texto”. E não vai ser com frases de efeito, memes ou vídeos de dois minutos que vamos aprender isso. Temos que procurar numa fonte fora do mundo virtual. O hábito de ler livros completos ao invés de trechos aleatórios pode ser um bom começo. O leitor e o livro devem se aproximar novamente.
Falando em aproximações, ressalto que a Feira do Livro desse ano voltará a ser na Praça Rui Barbosa. Apesar de a última edição ter sido realizada na Estação da Cultura, e que convenhamos, tem uma ótima estrutura, ainda assim o artista vai onde o povo está. Natural que esse evento aconteça no coração da cidade, em meio ao vai e vem. Já que o celular coloca um monte de bobagens na palma da mão das pessoas, espero que com a feira, alguns o botem no bolso e peguem um livro.

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