Romance dos tempos atuais

“Wayne” estreia no YouTube Premium para rever os conceitos das velhas comédias românticas

A adolescência é um período marcado pelas transformações. É geralmente nessa época que os primeiros relacionamentos surgem. Na carona dessa fase um tanto atrapalhada da vida, não param de ser produzidas comédias românticas repletas de clichês. Mas “Wayne” chega às telas para colocar tudo isso em uma nova perspectiva. A série original do YouTube estreia dia 16 de janeiro e acompanha a história de um casal adolescente de Massachusetts que decide fugir de casa e viajar para a Flórida. Ou seja, poderia muito bem ser mais um filme clichê sobre romance. Mas as aparências, às vezes, enganam.

O jovem Wayne (Mark McKenna) é um estudante que, motivado pelo desejo de ajudar pessoas em situações difíceis, não poupa em violência contra os “valentões” que cruzam seu caminho. Por ser meio franzino, são muitas as vezes que o protagonista se mete em enrascadas que o deixam repleto de cortes e hematomas. Em sua principal aventura, o adolescente pretende recuperar sua única herança: um Pontiac de 1978 que era de seu pai, foi roubado e está nas mãos de um criminoso na Flórida. Tudo parece seguir conforme o planejado, até que conhece Del (Ciara Bravo), uma menina também problemática, desbocada e rude. A partir desse encontro, o casal estranhamente compatível embarca em uma aventura dupla, tanto para recuperar o carro quanto para não serem pegos pelo pai de Del.

A série, em teoria, tem todos os elementos básicos para ser considerada uma comédia romântica, mas foge tanto do campo semântico que mal se encaixa no gênero. Repleta de palavrões e violência, “Wayne” é uma das cerca de 50 séries originais que o YouTube pretende lançar em 2019. O serviço de streaming de vídeo agora passa a oferecer o YouTube Premium, um serviço que, por R$ 20,90 ao mês, inclui streaming tanto de música quanto de vídeo, além de habilitar downloads e reprodução em segundo plano do já conhecido serviço de reprodução de vídeos.

Pano para manga
Segunda temporada de “American Crime Story” deixa sua marca em grandes premiações ao desmembrar nuances psicológicas

Após abrir sua primeira loja em 1978, na cidade de Milão, Gianni Versace rapidamente se transformou numa verdadeira sensação para o mundo da moda. Conhecido por seu estilo ousado, com cores vívidas e decotes provocantes, o italiano construiu um império fashion com a empresa que, até hoje, carrega seu sobrenome. À parte do sucesso profissional, Versace teve sua trajetória interrompida em julho de 1997 após ser atingido com dois tiros na nuca pelo garoto de programa Andrew Cunanan. Para retratar a patologia de seu assassino, chega dia 17 à Netflix a segunda temporada de “American Crime Story”, uma série criada por Ryan Murphy e originalmente produzida pela FX, que desde 2016 mantém um acordo com a plataforma para garantir sua distribuição global.

Com um total de 9 episódios, essa sequência capaz de agradar tanto a crítica quanto os telespectadores já foi aclamada com 3 prêmios Emmys e um Globo de Ouro na categoria de melhor minissérie. Porém, enganam-se aqueles que pensam na nova temporada como um retrato da vida e trabalho de Versace (Édgar Ramirez), pois essa mantém o estilo dramático e ligeiramente cínico de Ryan Murphy, já apresentado durante sua releitura para o julgamento de O.J. Simpson. Dessa forma, livra-se do glamour com o intuito de explorar a psique perturbada de seu assassino. Para isso, a morte do estilista é abordada no primeiro episódio e, com o decorrer da série, os crimes passados de Andrew Cunanan (Darren Criss) são revelados.

A nova temporada de “American Crime Story” não foca somente nesse episódio, mas busca também retratar os desafios enfrentados pelos homossexuais ao longo dos anos 90 através do relacionamento de conhecimento público do estilista com o modelo Antonio D’Amico (Ricky Martin). O assassinato de Gianni Versace ainda causa especulações. Muitos acreditam que o italiano e Andrew Cunanan se envolveram sexualmente. Mas essa hipótese é enfaticamente contestada pela irmã de Versace, Donatella (Penélope Cruz).

Foto: Divulgação

Na ponta dos pés
No dia 18 de janeiro estreia “Girl”, um filme da Netflix que conta a trajetória de um transexual que sonha em se tornar bailarina profissional

Inspirada na história de Nora Monsecour, bailarina profissional belga e transgênera, a nova produção da Netflix, “Girl”, chega na plataforma de streaming no dia 18 de janeiro. O longa foi apresentado no festival de Cannes, onde ganhou o prêmio Fipresci (Federação Internacional dos Críticos de Cinema) e o Queer Palm, que premia o melhor filme LGTBQ+ do festival. Além disso, “Girl” foi indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Filme Estrangeiro.

O filme conta a história de Lara (Victor Polster), um adolescente transexual de 15 anos que ama dançar. Seu sonho é se tornar uma bailarina profissional, para isso treina incansavelmente. Porém, o fato de ter nascido com um corpo de garoto é um enorme obstáculo. Afinal, ao mesmo tempo em que quer se destacar pela sua dança, também busca se encaixar como uma bailarina comum. Além disso, muda-se para uma nova escola e, como se não bastassem os problemas de comuns alunos novos, ainda tem que lidar com os preconceitos de seus colegas. Tudo isso acontece enquanto Lara, com o apoio de seu pai e família, está começando a terapia hormonal e se preparando para uma cirurgia de readequação sexual.

A história de criação do filme começou em 2008, quando o diretor Luke Dohnt, após ler um artigo que contava a história de Nora, entrou em contato com a bailarina. Nora desempenhou um papel ativo na produção do longa, tendo participado na construção da personagem principal e na escolha dos atores. Porém, o filme vem sendo duramente criticado pelo fato de que tanto o diretor quanto o ator que interpreta Lara (Victor Polset) são cisgêneros – isto é, se identificam com o sexo biológico com o qual nasceram. Mitas críticas questionam que “Girl” é uma produção que se compromete a contar as experiências de um transsexual sem efetivamente ter algum no filme.

Foto: Divulgação

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