O filme “Histórias Cruzadas” faz refletir sobre a sociedade atual e a persistência da segregação
A segregação racial nos Estados Unidos pode ser traçada até o período colonial do país, quando as colônias do Sul possuíam um modelo de produção agrícola baseado nas grandes propriedades de terra e uso do trabalho escravo, em sua maioria, de negros vindos da África. A escravidão só teve seu fim com a Guerra Civil. Como consequência, a sociedade americana é muito segregada e racista até os dias de hoje, problemática que é exposta pelo movimento negro desde os anos 60.
Produção norte-americana de 2011, o filme “Histórias Cruzadas” é uma denúncia a condição das mulheres negras no Sul dos Estados Unidos. Passado na década de 60, o longa acompanha as empregadas domésticas Minny (Victoria Spencer) e Aibileen (Viola Davis) nas suas vidas em pleno apartheid no Mississipi. Trabalhando para famílias brancas e abastadas, as duas são um retrato de uma classe social explorada e constantemente diminuída por seus patrões.
A trama também conta com Skeeter (Emma Stone), uma menina branca e privilegiada que almeja ser escritora. Apesar de fazer parte da elite sulista, sendo até amiga de escola da patroa de Aibileen, consegue convencer a empregada a dar entrevista para o seu livro. Nele, a escritora, com a ajuda de várias empregadas da cidade, relata diversos abusos sofridos pelas domésticas da região, o que causa um enorme escândalo na sociedade.
“Histórias Cruzadas” tem quase duas horas e meia de duração e é um filme muito intenso. As situações passadas pelas protagonistas são dignas de indignação e reflexão acerca do mundo atual e de como, mesmo depois de tanto tempo, questões como segregação racial, violência doméstica, exploração do trabalho e racismo ainda se fazem muito presentes na sociedade como um todo. O longa se encontra disponível na Netflix, assim como em outras plataformas como o Telecine Play.
https://youtu.be/-r7zqsAEIfE
A estrela veste azul
“Antoine Griezman: Nasce uma Lenda” chega à Netflix para contar a história de um novo herói no futebol francês
A França é conhecida por produzir grandes talentos do futebol mundial. Nomes como Emmanuelle Petit, Thierry Henry e Zinedine Zidane fizeram história com a camisa azul da seleção e conquistaram o Mundial em casa, no ano de 1998. Entretanto, uma carreira no futebol não dura muito, e a idade começou a pesar para esse grupo. Tudo isso culminou na Copa de 2010, na qual a França foi eliminada na fase de grupos de forma vergonhosa, o que fez com que os franceses perdessem fé na seleção. Até que Antoine Griezmann entrou em cena.
O atacante francês é o foco de “Antoine Griezman: Nasce uma Lenda”, produção Netflix. O documentário conta a história de Griezmann desde quando ele era criança até o auge de sua carreira. Rejeitado pelos grandes clubes franceses, Griezmann entrou nas divisões de base do Real Sociedad, clube espanhol que o lançou para o mundo. Em 2014, sua habilidade em campo rendeu uma transferência para o Atlético de Madri, clube no qual já tem status de lenda.
A ascenção do jogador, unida ao surgimento de mais uma geração talentosa, fez com que os franceses voltassem a acreditar em uma segunda conquista mundial. E o peso dessa conquista caiu sobre as costas do atacante. Até que, dia 15 de julho de 2018, marcou um gol e foi eleito Homem do Jogo na vitória por 4 a 2 contra a Croácia no Mundial. No total, Griezmann foi eleito melhor em campo em três dos sete jogos do torneio. “Antoine Griezman: Nasce uma Lenda” é uma das produções mais esperadas na França.
https://www.netflix.com/watch/81052199
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