Uma conversa com o passado sobre o presente

Se você pudesse conversar com José, Antônio ou Bartolomeu, os primeiros moradores de Montenegro, ou ainda, com Tristão Fagundes, o mais famoso deles, que morou nestas terras um pouco depois dos três primeiros, o que você diria a eles sobre o crescimento econômico, social político, e habitacional de Montenegro? Talvez eles não imaginaram que, depois das primeiras casas construídas nesta terra, muitas outras viriam. Acredito, eu, que eles não pensaram, naquela época, que o então distrito de Triunfo, hoje tem 150 anos e virou um município pujante.

Pensando aqui com meus botões, imagino o rosto deles vendo tudo o que se fez e o que se faz por Montenegro. Nestes 150 anos nos desenvolvemos muito. Para que o leitor tenha ideia, principalmente os mais novos, o Passo da Cria, lá para as bandas da Timbauva, virou bairro. Hoje, o Aeroclube concentra um grande número de moradias. De famílias que já eram nossas, outras tantas que vieram para cá em busca de oportunidades de trabalho, emprego e renda. Claro que, com o desenvolvimento de regiões como o Passo da Cria, antes zona rural, também surgiram alguns problemas. Um deles, e talvez o mais dificil de se resolver, é a abertura de loteamentos de terras e a vendas destes lotes irregulares pelos donos dessas áreas, sem que haja um trabalho organizacional por trás de todos estes terrenos.

E essa ocupação, feita com contratos de compra e venda, acaba dificultando a vida de quem mora nessa e em outras regiões da nossa cidade. Imagine, você, leitor, chegar em casa, depois de um longo dia de trabalho e querer apenas um banho e uma água quente para o chimarrão. Imaginou? Agora, voltemos para nossa realidade. Moradores de uma área de ocupação irregular, ali no Aeroclube, ou Passo da Cria, precisavam combinar, uns com os outros, o horário do banho, de ligar um simples eletrodoméstico. Se o fizessem, todos juntos, ficariam sem energia elétrica.

Foi por lá que a administração municipal, com o prefeito Gustavo Zanatta, começou um trabalho muito bonito. O de dar a estas famílias, o direito de tomar um simples banho sem ter que avisar o vizinho. Esta era uma das minhas bandeiras, ainda do primeiro mandato como vereador. Muita sola de sapato gastei em busca de informações, de referências que pudesse auxiliar estes moradores. Hoje estou feliz. Minha felicidade fica evidenciada em cada documento entregue a estas famílias.

E hoje conseguimos alcançar moradores de outros bairros e localidades do interior que – também – receberam a oportunidade de ter nas mãos a tão deseja escritura territorial, que dá a eles o direito de pedir serviços essenciais como água e luz para os órgãos responsáveis. Este é mais um dos inúmeros projetos feitos por diversas mãos, nesta administração, que tem devolvido a dignidade para muitos montenegrinos. Afinal, ninguém quer ter que combinar o horário do banho com outro morador.

Nesta última semana a localidade da Rua Nova e o bairo Santa Rita receberam a administração municipal para discutir o assunto. Espero que, como vereador, representante do povo, eu possa colaborar ainda mais com ações como esta. E se eu pudesse conversar com Tristão Fagundes, diria a ele que, depois da primeira casa de telhas, construida nesta cidade, nós, da administração municipal Executivo e Legislativo, aqui representado por mim, que muito corri atrás deste projeto, devolvemos para a nossa comunidade muito além das telhas e casas regulares. Devolvemos sonhos distantes, agora tornados reais. A ele, também diria, que é isso que me move todos os dias: trabalhar mais e pelo melhor para a nossa Montenegro.

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