Existe uma cantiga de roda, cantada pelas crianças, que diz “se essa rua, se essa rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar…” Escrevendo essa crônica, pensei nas inúmeras vezes em que, menino do interior, junto com meus pais, comíamos pó de terra, sem saber e nem imaginar que um dia o asfalto poderia chegar na porta da nossa casa. Naquela época o sonho era distante. Apenas a cidade, e apenas parte dela, contava com ruas pavimentadas com pedras irregulares.
Nestas pouco mais de cinco décadas, eu vi Montenegro crescer física e economicamente. Se expandir para todos os lados. Junto com esse crescimento veio o tão sonhado asfalto que eu, menino do interior, achava ser distante de ser conquistado. Quando coloquei meu pé, na Usina Maurício Cardoso pela primeira vez como vereador, fiz uma indicação de pavimentação para um de nossos bairros, o Estação. Lugar de muitas famílias, de muitos meninos que, assim como eu, desejavam que seu bairro prosperassse.
Lá se vão quase oito anos de um pedido, de um vereador em primeiro mandato, que desejava dar, as donas de casa principalmente, um varal com roupas branquinhas, sem a vermelhidão da terra batida. Meu sonho de menino, antes vislumbrado muito ao longe, agora foi atendido. Foram anos de espera. Não só minha, mas também dos moradores do bairro Estação. Para eles, o asfalto chegou. Os dias de terra batida, de pedra solta, de dificuldade para acessar a rua, estão perto do fim. E isso só está acontecendo por que temos uma administração apaixonada por Montenegro. Que não mede esforços, nem tempo, nem dia, nem hora para atender os montenegrinos. Eu sei, nem sempre conseguimos tudo o que queremos. É um trabalho de formiguinha feito por muitos braços, mãos e pernas. Pessoas que se doam para que a nossa cidade tenha cada vez mais vida, seja mais pujante.
Agora posso dizer que a rua também é minha, assim como a cantiga de rua, mesmo nao sendo morador do Estação. E é com satisfação que vejo o asfalto chegar para aquela parcela da população. São ações como esta que fazem a diferença na vida das pessoas. O que para muitos pode ser mera questão política, para nós é compromisso com a comunidade. Dar aos montenegrinos um pouco mais de conforto. E, mesmo aqueles, que por vezes se esquecem da cantiga de roda e criticam o que vem sendo feito, eles também dão luz ao trabalho feito, por que falam sobre essas atividades. Mas, eu prefiro a cantiga de roda, atualizada. Essa rua, essa rua também é minha. Eu pedi, eu pedi e atenderam. Sei que este é um pequeno passo para muitos, mas para àquela comunidade uma vitória de milhões