Antigamente, acreditávamos nos ensinamentos de nossos avós. Seus fundamentos estavam ligados a vivências e algumas superstições. Cabia a nós respeitar à risca essas experiências, transmitidas através da história oral.
Sabíamos, por exemplo, que nunca poderíamos deixar os chinelos virados com as solas para cima, que em dias de chuvas fortes, os espelhos precisavam ser cobertos. Instintivamente, o que eles desejam era proteger os seus, a família. Esse era o objetivo principal.
Estes hábitos, mesmo que antigos, e os comportamentos por eles gerados, eram ricos em valores e princípios. Entre eles, o respeito ao próximo. Afinal, amar e respeitar a família, honrando nossos pais e familiares, nos dava a certeza da continuidade de uma vida de sucesso e de vitórias.
Com o passar dos anos, décadas, será que ainda somos os mesmos? Será que nossos valores continuam sendo aqueles passados a nós, por nossos pais e avós?
É claro que mudamos. O mundo mudou. Crenças se perderam com o tempo. Mas e os valores? Continuam intactos? Somos a geração do imediatismo. Uma geração que escreve e fala tudo o que pensa. Mas – também – estamos sujeitos a ouvir coisas que não gostaríamos de ouvir ou ler em uma publicação. Estamos sujeitos a isso, todos os dias. E isso tem nome: livre arbítrio.
Aristóteles dizia que, “um sábio não fala tudo o que pensa”. Contudo, pensa em tudo o que vai falar. Afinal, palavras jogadas ao vento não retornam ao seu emissário. É ai que mora o perigo. Por muito pouco as pessoas machucam outras com palavras.
Nossa liberdade de expressão vem acompanhada de responsabilidade. De que adianta textões nas redes sociais, críticas e mais críticas, na tentativa de menosprezar e de diminuir o outro, quando precisamos nós, fazer uma autocrítica do que vivemos, dos valores que perdemos ao longo dos anos para retomarmos o curso normal da vida, sem rancor ou amargura na alma. Será que vale a pena sermos pobres de espírito? Sim, pobres de espírito e maldosos. Aniquilamos o outro na busca por enaltecer o nosso ego. Precisamos, todos os dias, fazer uma reflexão sobre o que somos, o que éramos e que desejamos ser ali na frente, no dia seguinte. Mesmo com todas as mudanças que a vida nos trouxe, ainda precisamos ter amor e respeito ao próximo. E não apenas uma mera lembrança, de um passado não muito distante que, talvez, tenha ficado guardado em uma gaveta qualquer. Abra essa gaveta. Resgate aquilo de melhor que há no seu coração. Mude. Por que os ciclos vão se repetindo quando você não aprende as lições que a vida te dá. Entre elas a de não ser amargo, maldoso e cruel.
Ainda assim, paira a pergunta: será que somos os mesmos, ainda depois de sermos alvos de muitas críticas não construtivas, e tantos outros ataques?
Não sei como você, leitor, vai responder a esse questionamento. Eu continuo com meus princípios. Acreditando que sempre é possível a mudança, a construção, pois, cá entre nós, não precisamos concordar com tudo e com todos. No entanto, respeitar é um dever de todos. Como vereador, vou continuar, focado em melhorar a vida das pessoas, através de boas práticas políticas, em parceria com nosso executivo municipal e com o prefeito Gustavo Zanatta.