Esteja onde quiser

Você já parou um minuto do seu tempo para analisar a vida de uma mulher? Se não parou, faça isso. Nesta sexta comemoramos o dia internacional delas. Daquelas que fazem nossos dias mais completos. Sim, por que não dizer, mais completos. São os olhos delas que nos orientam. Não precisam palavras, basta um olhar. São elas que nos acalentam num fim de dia tenebroso no trabalho. Nos ouvem, nos apoiam e são 50% daquilo que nós homens, somos. A primeira referência de mulher, que temos, vem da nossa mãe. E, pensando na minha, a Dona Gleci, só tenho a agradecer por tudo o que ela fez na minha vida. Foi meu referencial como ser humano, como dona de casa, como mãe, como esposa para meu pai. Depois, vieram minhas irmãs, que me ensinaram o que é ser amigo de uma mulher.

De respeitar o espaço delas quando não estão em um dia bom. Quando as coisas não deram certo e apenas queriam meus ouvidos. Me ensinaram o quanto é gratificante estar junto, celebrando uma conquista. E não foram poucas.

Falando, ainda, em família e na importância dessa estrutura, faço referência, aqui, a duas mulheres que encheram minha vida de cor, de sorrisos, de alegrias: Janete e Camila, minha esposa e minha filha. Uma me ensinou sobre a importância de tomar decisões compartilhadas, de criar laços afetivos e se importar com eles. A outra, bem, uma miniatura de mim, me ensinou a ter mais paciência, ser mais benevolente. Mas – também – me apresentou um amor puro e sincero, de pai e filha. Dela também vieram dois presentes lindos, minhas joias precisosas: Gigi e Ceci.

Elas não veem o filho, o irmão, o marido, o pai, o profissional da elétrica, o vereador. Para elas eu sou apenas o “avô”. E, para mim, está tudo certo, porque elas me dão o “respiro” que preciso todos os dias. É um amor diferente, sem cobrança, leal.

Como viram, minha vida é rodeada de muitas mulheres. Não só na família, mas no trabalho. Precisamos entender, valorizar e dar à elas as oportunidades devidas neste mercado de trabalho que as vezes nos suga e desmerece as mulheres. Sim, elas ganham menos que nós, mesmo estando em postos de trabalho iguais aos dos homens. Poucas alcança cargos importantes. Mas, lá estão elas, estudando, correndo atrás dos seus sonhos, dos desejos de tornar este país menos pre-conceituoso.

Assim mesmo, separado. Sabe por que? Por que antes de conhecermos uma mulher, uma profissional julgamos o currículo, as roupas, as falas. Contudo, precisamos entender que elas merecem e precisam estar onde elas quiserem.

Hoje, de acordo com o IBGE, elas representam 51,5% da população brasileira. Ou seja, já ultrapassaram nós, homens, aqui também. O dado também se reflete no nosso Estado e são elas, o tal sexo frágil, que mantém 72,9% dos lares neste país. Elas chegaram, ocuparam o espaço que é delas, estão por ai, em todos os lares, em todas as escolas, nas áreas do Legislativo, Executivo e Judiciário fazendo história. E precisam ser vistas, ouvidas e lembradas em cada política pública que criamos.

Precisamos de mais mulheres em todas as áreas da sociedade. Por que lá atrás, tivemos mulheres que trilharam um árduo caminho para que hoje, minhas netas Gigi e Ceci, pudessem caminhar. A estas tantas Marias, Joanas, Franciscas que fizeram história, a outras muitas Camilas, Fabianas, Janetes, zaidas, Lianes, que caminham, hoje, construindo um novo futuro, meu agradecimento e reconhecimento por fazerem tanto, por nós, por suas famílias, por seus ambientes de trabalho. Por serem guerreiras, meu carinho. Feliz dia, que vocês ocupem cada vez mais outros espaços e que estejam onde quiserem e desejarem estar.

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