Dia 02 de abril é o Dia de Conscientização do Autismo. Segundo o site de Ministério da Saúde, os Dados do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA) mostram que o Brasil realizou, em 2021, 9,6 milhões de atendimentos em ambulatórios, a pessoas com autismo, sendo 4,1 milhões ao público infantil com até 9 anos de idade. Há uma estimativa de mais de duzentos registros de portadores na cidade de Montenegro.
O MS explica em seu site que o autismo (o TEA) é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento. Mesmo assim, o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de estímulos para independência e qualidade de vida das crianças.
Pudemos ver através das redes sociais e da mídia tradicional o trabalho de conscientização realizado por associações, grupos de amigos e profissionais da área da saúde em relação aos sintomas, diagnóstico, direitos, necessidades do portador de TEA.
Entendo que há dois fatores importantes neste debate. Um, é a inclusão do portador de TEA na sociedade e o outro, o conhecimento que a sociedade de ter a respeito do autismo. O poder público tem competência e deve ser o principal agente na promoção do desenvolvimento social do portador de TEA.
São inúmeros os fatores a serem vistos em relação ao autismo e sobre tudo é uma questão de saúde pública e neste aspecto, o poder público é o detentor das ferramentas para lidar com a questão e é, por vocação, o grande protagonista deste processo.
Políticas públicas devem ser criadas e aplicadas com o objetivo de garantir o acesso de portadores de TEA ao mercado de trabalho, ao convívio social, a participação da vida pública. Da mesma forma, o poder público deve ter em sua agenda educativa e cultural eventos de informação sobre a síndrome. Posso dar o exemplo da lei que criei e foi sancionada em maio de 2018. A lei 6.476 dispõe sobre a obrigatoriedade de estabelecimentos públicos e privados do município de Montenegro de inserirem nas placas de atendimento prioritário o símbolo mundial de conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e dá outras providências. São ações simples como está que contribuem para a qualidade de vida do portador de TEA.
O dia 2 de abril reabre publicamente o debate sobre o autismo e considero importantíssimo este momento. A cada ano que se passa mais se descobre sobre o TEA. A cada geração que passa, vemos que as necessidades e apelos pessoais mudam. Assim como a sociedade evolui e se desenvolve. As políticas públicas devem evoluir e proporcionarem o desenvolvimento do portador. Como podemos saber disso? Ouvindo os portadores, os familiares, os profissionais na área da educação e saúde.