As escolas estão inseguras

O Brasil, em específico as famílias das vítimas dos crimes cometidos contra uma professora e uma classe de crianças de uma creche. As mostres são bárbaras e não merecem detalhes. A tragédia, e não deveria de ser diferente, causa uma comoção geral, que é mais violenta em pais e familiares das vítimas. No entanto, as vítimas vão muito além. As consequências de um crime destes alcança a sociedade toda. Colegas de escola, professores, funcionários, parentes e amigos ficarão marcados por muitos anos.

O assassinato é um dos crimes mais chocantes e marcantes em nossa sociedade. Não aceitamos, rejeitamos e odiamos o assassinato. Podemos questionar o sistema penal brasileiro, no entanto, as penas mais graves estão relacionadas a assassinatos. Agora, é importante compreendermos que há diversas formas de assassinato. Elas vão desde a defesa própria até um ato de terrorismo.

O que vimos no Centro de Educação Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), é uma barbárie que foge muito da curva e que precisa ser nominada. Imagino que esta tarefa seja dos especialistas nas questões jurídicas e psiquiátricas. Eu reconheço que não tenho esta especialidade, no entanto, me parece bem plausível denominar o ato como terrorismo. Uma rápida pesquisa na Constituição Federal trouxe a luz um elemento muito importante: Art. 2º O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.

Este exemplo, jurídico, a respeito do terrorismo, em meu ponto de vista argumenta sobre o quanto é danoso a nossa sociedade e o quanto estamos distantes de combatê-lo.

Muito sem se falado em armar as pessoas que trabalham nas escolas, colocar guarda armada durante o período letivo nas escolas. Quero dizer que sou a favor de tudo isso e além do mais, estou junto com qualquer movimento que se manifeste na busca de uma solução.

Ainda assim, eu gostaria de deixar a minha opinião e pela qual eu estarei trabalhando nestes próximos dias. É o seguinte: Por exemplo, prevenir: é muito importante, provavelmente é uma das ações que mais coíbe o sofrimento dos envolvidos. Não acontecer é o que todos querem. Alternativa, é armar aguardas professores e profissionais. Óbvio, armar aqueles que queiram que assim o desejem. No entanto, podemos ter um efeito colateral que seria, por exemplo, um enorme tiroteio. Isso, não significa que sou contrário a este tipo de proteção. Sou a favor de qualquer tipo de proteção que tenha comprovação científica.

Agora, há uma estratégia que tenho pensado muito desde a última tragédia. Estou estudando muito a questão dos protocolos de segurança. No meu entender, há situações imprevisíveis e por isto a sua interrupção por qualquer agente da polícia fica impossível, qualquer suspeita ou receio de um profissional de educação seja tarde de mais. Por isso, estou convicto que a criação de protocolos contra ataques deste gênero seja importantíssima para a ocasião.

Não vejo como a única solução, mas certamente, na hora dos acontecimentos, irá salvar muitas vidas. Caso, por infelicidade, uma escola estava sobre ataque, saber o que fazer ter um protocolo que instrua como agir numa situação de calamidade como esta é de vital importância.

Vamos trabalhar com as autoridades competentes e com nossos colegas de Câmara, assim como o executivo, para que em trabalho conjunto conseguimos criar um protocolo de segurança que combata a violência que assola nossas escolas.

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