Nada melhor do que a chegada de uma nova década para exercitarmos nossa imaginação. Há uma curiosidade imensa no ar sobre as possibilidades que 2020 nos traz. Esse zarpar para o futuro também nos convida a visitar o passado na história da moda, em especial quando pode-se falar que há um século atrás surgiu para o mundo uma das mulheres que o mudaria, por sua capacidade de criação sob a perspectiva do vestir, para sempre: Gabrielle Chanel (Saumur, 19 de agosto de 1883 – Paris, 10 de janeiro de1971), conhecida como Coco Chanel, uma das mais importantes personalidades femininas da história mundial. Sua vida pode ser considerada revolucionária. Coco quebrou grandes tabus, em pleno início do século XX, quando adotou uma postura feminista e libertária.
Nas primeiras décadas do século passado, as mulheres jamais haviam usado roupas que mostrassem suas pernas. Chanel revolucionou o guarda-roupa feminino com peças até então consideradas masculinas: popularizou o uso de calças – agradeça à ela, criou o vestido preto – agora quem agradece sou eu, e causou furor ao diminuir o comprimento das saias. Apresentou ao mundo, a partir do período da I Guerra (1914-1918) quando ostentação e luxo não cabiam mais na realidade da Europa, o estilo simples e elegante que trouxe praticidade e conforto ao cotidiano de todas nós. Seu comportamento também exibia uma mulher muito à frente de seu tempo, fumar em público ou dirigir carros era algo que as mulheres desse período não faziam. Ela sim.
Nós, as mulheres de hoje, vivemos a última década, os anos 2010, marcada pela velocidade das plataformas de compartilhamento, também de manifestações visuais cada vez mais frenéticas, dinâmicas e assim como o mundo, cheias de transformações. A fragmentação das identidades no comportamento e na moda com fenômenos como “fast fashion- a moda rápida”, caracterizado por coleções bissemanais permeadas por mão de obra escrava, distorceu a noção que tínhamos das temporadas de moda.
O imediatismo do consumo trouxe o conceito “veja e compre”, com as visualidades das passarelas disponíveis no mercado no ato do desfile. Até ingressarmos ao fim do período, quando a relação moda x tempo x valor tem sido repensada. E apostamos que a libertação estará na sustentabilidade, em um retorno do reaproveitamento de roupas, nos tecidos inteligentes, na moda consciente.Seria um retorno à simplicidade elegante promovida por Chanel?
As transformações realizadas pela estilistatêm apenas um século em termos de extensão histórica na cultura ocidental. Já pensou nisso? Quando penso que faz apenas um século que nós mulheres vestimos calças, penso que a luta pela igualdade no mais amplo e generoso sentido da palavra está apenas começando e que agora, exatamente agora, deva se estender muito mais do que no âmbito vestir, que libertou nossos movimentos corporais, deve também estar presente nas ações e no pensamento de todos. Seguimos desejando um 2020 assim.
O Vestir e a Cidade:
Começamos 2020 com sorrisos radiantes dessa criançada em um baile de carnaval da década de 1960.
Colaborou a amiga Arlete de Quadros Gesswein.
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Olhares:
80’s Lya: Querida por todos, Lya Petry Seelig ganhou festão surpresa da filhas Josi, Mana e Adriana, com direito a homenagem em vídeo na Escola Delfina Dias Ferraz com toda a família no elenco, para comemorar seus 80 anos. A festa foi na segunda casa da tia Lya, o Clube Riograndense, no último sábado, dia 28 e reuniu os amigos do peito, que fizeram parte de sua trajetória.Juliana Moscofian foi responsável pelos registros e a dupla Daniel Finger e Andrew Gonçalves pela decoração, maravilhosa, nas cores favoritas da aniversariante.
Latin Lovers: Hoje no Na Ramiro, a banda Latin Lovers começa a temporada 2020 com repertório romântico a partir das 21h.
Beleza Atemporal: É bonito de ver a montenegrina Ignez Missel Machado em horário nobre nos intervalos da novela das 21h em emocionante propaganda de final de ano da Unimed. Belíssima filha de nossa terra. Orgulho.