Vítimas sóbrias do alcoolismo

Como viver em comunidade está ficando tão complicado? Será que algumas pessoas perderam a compostura, o discernimento de estar sendo ridículo, ou ainda pior, perderam sua humanidade? Esse nosso sistema de vida que remonta ao Período Neolítico, quando os hominídeo se tornam agricultores e fixam suas vidas em tribos nas margens de rios. Era uma necessidade de sobrevivência, inclusive para garantir a segurança de forma coletiva. Ao longo do que costumamos chamar de evolução novas regras precisaram ser criadas para garantir harmonia na divisão do espaço.

A página de Polícia do Ibiá desta terça-feira traz lamentáveis exemplos de imprudência, com total desrespeito às leis, e todas relacionadas ao uso desenfreado de bebidas alcoólicas. Um casal que se fere mutuamente com faca; um jovem que faz acrobacias ridículas em frente a Polícia Militar; uma mulher que furta o carro de um amigo e quase causa uma tragédia. Pois é esta terceira ocorrência, bem em frente à sede do Jornal Ibiá, que revela de forma cruel os efeitos que uma postura sem respeito causa as outras pessoas.

A atitude tresloucado de uma pessoa bêbada, que certamente não se importava com os riscos à própria vida, afetou de forma grave alguém que nada tinha a ver com os problemas e frustrações da condutora. A manhã de segunda-feira da vítima, e muitos dias consecutivos, foi interrompida de forma brutal, em uma pequena rua adjacente as principais e para velocidade baixa, justamente quando ela buscava assistência médica. Tudo porque alguém não se importou de transformar o espaço coletivo do trânsito em sua posse individual.

Sempre que uma imprudência termina em tragédia, estamos diante da realidade de quem não sabe viver em sociedade. Não por acaso, uma ocorrência como esta na rua dos Platanos termina em prisão e acusações semelhantes ao crime de homicídio, seja culposo ou dolo eventual. Sempre será um ato que atenta com à vida alheia, impulsionado pela indiferença despertada pelo consumo de álcool.

Não se trata de discursar contra a liberdade de se divertir ou de beber. A análise proposta é sobre o quanto escolhas individuais podem abalar a convivência que deveria ser pacífica. A ingestão exagerada desta droga lícita está saindo do controle e, ainda que haja leis para punir, vidas estão sendo perdidas para um ato individual.

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