Então foi definido. Em até dez dias, para sair ou chegar em Montenegro pela ERS-240 todos teremos que pagar. O pedágio da concessionária Caminhos da Serra Gaúcha entrará em operação, como era previsto desde o início, quando se falou em privatizar as rodovias estaduais que cortam o Vale do Caí e a Serra do Rio Grande do Sul. Agora, os municípios afetados, especialmente Montenegro, precisam encontar formas criativas para seguirem competitivos no que tange sua economia geral.
A despeito de tantos protestos, a sonhada isenção para moradores de Montenegro ou Capela de Santana não partirá da empresa que administra as rodovias. Essa é uma tarefa para as prefeituras buscarem, a partir de agora, soluções para que os cidadãos possam transitar pelo trecho sem causar rombos mensais no bolso. O subsídio, a exemplo do que foi proposto em São Sebastião do Caí, é uma alternativa. A cidade vizinha também é exemplo em relação a melhorar suas estradas municipais vicinais, oferecendo uma alternativa de rota.
Assim devemos todos manter também a luta para que mais pórticos Free Flow sejam instalados ao longo dos trechos. Essa é uma promessa da concessionária,que trará o efeito de diluição desta tarifa que, inicialmente, custará salgados R$ 9,00 para automóveis, em ambos os sentidos. Este sistema representará R$ 18,00 para quem precisa se deslocar entre Capela e Montenegro. Um peso gigantesco para quem cruzará obrigatoriamente todos os dias para cumprir compromissos.
Se a cobrança é inevitável, que as melhorias sejam, de fato, vistas conforme previsto em contrato. Espera-se que as obras prometidas sejam executadas; enquando se percebe melhorias ainda modestas, algumas beirando a maquiagem das pistas e acostamentos. A privatização, ou concessão, sempre foi mal vista, pois onera o povo. Mas agora que é real, que convivamos com sua presença.