Base de dados sobre empregadores e trabalhadores formais no país, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) proporciona um perfil daqueles que trabalham com registro em carteira. Matéria publicada na edição desta quarta-feira, 24, confirma que o grau de escolaridade está aumentando entre os trabalhadores, uma tendência que atende ao mercado.
Se antigamente a figura do “faz tudo” era mais valorizada, atualmente, o empresário, cada vez mais, busca pessoas qualificadas para uma função. E, nesse aspecto, o grau de escolaridade faz diferença. Tendo em vista que a fila de pessoas em busca de trabalho é maior do que a oferta de vagas, as empresas têm mais oportunidade para selecionar e, naturalmente, buscam aqueles que se destacam.
Nesse contexto ter o Ensino Médio é cada vez mais importante, inclusive para funções em que, aparentemente, a escolaridade seria menos relevante. O perfil traçado pela Rais mostra que os trabalhadores montenegrinos estão conscientes dessa necessidade e investem na educação. E terão ainda mais chances aqueles que, paralelo ao ensino regular, correrem atrás de cursos técnicos e de qualificação contínua, inclusive após conseguirem o emprego.
Outro dado que chama atenção é o índice de crescimento do número total de trabalhadores no município, que chega a 5,97% no ano passado em relação ao anterior. Embora o desemprego exista em Montenegro, assim como no país em geral, a situação do município pode ser considerada privilegiada, na comparação com a do Estado. Na média dos municípios gaúchos, encontra-se o índice negativo, com queda de 0,3% no total de trabalhadores em 2017.