Temos uma orquestra sinfônica

Existem muitas ações de desenvolvimento que geram resultado positivo à coletividade. Um município se fortalece vendo fortalecer sua economia, sua estrutura, vendo melhorar a qualidade de vida das pessoas, com emprego, Saúde, Educação e segurança. Apesar de nos últimos tempos, de forma ignorante, ter sido rechaçada por mentes medíocres, nesta gama de elementos positivos tem muita força a Cultura.

Um real fator humano que traz ainda em seu cerne o conhecimento e o lazer; a respeito do qual não há sequer uma vaga ideia, nem por curiosidade, a busca científica de alguma contra-indicação. Essas ponderações pavimentam o caminho para a reflexão da importância de, a partir de hoje, Montenegro ser uma cidade que tem Orquestra Sinfônica.

E sem petulância, devemos assinalar a entrada em um grupo reduzido de cidades brasileiras, irmanadas com outras espalhadas pelo mundo, que tem a dignidade de possuir uma orquestra. Estamos entre aquelas que serão lembradas por sua altivez intelectual lúdica, abrindo portas para artistas que antes passariam ao largo de nossas fronteiras. Montenegro entrou no radar dos grandes artistas eruditos.

É pertinente que o leigo se pergunte o que o povo ganha com isso, até porque na maior parte do tempo a arte de qualidade ou é alcançável somente pela elite ou é confinada dentro da Academia. Um erro que não passa pela vontade dos artistas, ao ser construído sobre um cenário de divisão social.

Todavia, essa barreira não será rompida com boas intenções e sem ações definitivas. A Orquestra Montenegro surge para todos, pois é alicerçada na idoneidade e qualidade da Fundarte, uma fundação municipal sustentada com recursos da comunidade. A partir de hoje as possibilidades são concretas. Podemos esperar uma sinfonia gratuita, como a estreia natalina na Estação da Cultura, ou em praça pública de periferia.

Podemos esperar solistas – do canto e do instrumental – procurando a companhia da Orquestra em produções sociais e populares. Devemos esperar que a música como elemento de inclusão – já presente no caráter humano da Fundarte – seja ainda mais difundido. E que nossas crianças ousem sonhar em ser um músico erudito. Já temos a base, na figura dos artistas e dos promotores culturais. Agora, devemos nos sentir pertencendo à cena cultural de nossa cidade.

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