Uma parte do Brasil começa o ano de 2019 empolgada com a posse do novo presidente, mas não o País como um todo. Jair Bolsonaro recebeu cerca de 55% dos votos da população. Sabemos que uma parte desses milhões de brasileiros é composta por pessoas que estão longe de apoiar Bolsonaro, apenas desgostavam ainda mais da outra opção. Juntando esse grupo aos que entoaram o #elenão, é natural que se perceba agora, após a posse oficial, certo temor por parte daqueles que não “curtem” o eleito. Infelizmente, continuamos sendo uma nação dividida.
Essa sensação de euforia dos vencedores e de decepção dos perdedores é natural. E não muito diferente do que já foi visto em janeiro de 2003, quando Lula assumia seu primeiro mandato, para desespero de alguns e festa de outros. Sem tanto calor nas discussões, o mesmo pode ser dito por aqueles que apostaram em Eduardo Leite e os que escolheram outros candidatos. Quem é o certo e o errado nesta equação? Os que festejam ou os que choram? Nem tanto ao céu nem tanto ao inferno, costumam dizer os mais experientes.
Neste momento em que Jair Bolsonaro e Eduardo Leite iniciam seus mandatos e abrem os trabalhos com as equipes ministeriais e de secretariado, respectivamente, é indicado um remédio chamado “parcimônia”. Aos seus apoiadores, sugere-se manter a vigilância e acompanhar as decisões para se certificar de que eles estão cumprindo o que prometeram. E, aos que não depositaram voto nem confiança nos eleitos, resta a esperança e o otimismo. Poder dizer “eu estava certo”, neste caso, é esquecer que todos sofrerão com isso.
Vamos, gaúchos e brasileiros, torcer para que Leite e Bolsonaro façam boas escolhas, sigam as leis e tenham bons mandatos. E, é claro, mantenhamos a vigilância. Se é o “olho do dono que engorda o gado”, na gestão pública, é o olhar atento da população e da imprensa que impedem o “emagrecimento” ilegal dos cofres.