Telhado de vidro

Cobrar é bom. Fiscalizar é necessário. Praticar o que fiscaliza e cobra dos outros, também. Conforme matéria publicada pelo Jornal Ibiá hoje, Montenegro teve, apenas em 2017, 63 fraudes de energia elétrica descobertas. É o popular “gato”, que apesar do nome simpático, é de envergonhar quem o pratica. No pior estilo do “jeitinho brasileiro”, se comete um crime e prejudica a empresa e a comunidade.
Nessas horas somos obrigados a questionar se, enquanto cidadãos, não temos exatamente os políticos que merecemos. Pela frente, aplaudem a Operação Ibiaçá. Pelas costas, roubam energia. De um lado, festejam a Lava Jato, de outro sonegam imposto. Prisão de político corrupto gera panelaço. Mas a carne oriunda de abigeato acaba nos açougues.
O que explicaria isso? Falhas na educação? Uma triste “cultura popular” onde sempre é valorizado apenas um individual “se dar bem” enquanto o coletivo fica esquecido? Seja qual for a causa, é triste pensarmos que a impunidade está tão instalada nesse país que nem mesmo uma saída é facilmente vista. Temos de lutar contra isso. Policiar os seus atos e os daqueles à nossa volta e assim tentar tornar o Brasil um país mais correto e sem jeitinhos, que de espertos nada têm.

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