Tabaco mata

Na próxima segunda-feira é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, sendo considerado um dos maiores problemas de saúde no Planeta. Estatísticas apontam ainda que o fumo é responsável por 30% das mortes por câncer; 90% das mortes por câncer no pulmão, 97% do câncer da laringe, 25% das mortes por doença do coração, 85% das mortes por bronquite e enfisema, 25% das mortes por derrame, além de causar uma série de doenças até em pessoas que não têm o hábito de fumar.

Mesmo que não traguem o cigarro, quem convive com fumantes têm risco aumentado de desenvolver diversas doenças. Em bebês, por exemplo, o fumo passivo aumenta em cinco vezes o risco de morte súbita; já em crianças, há risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e intensificação da asma. Mas nem adultos estão livres de desenvolver doenças por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça. Dados da OMS apontam risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.

É verdade que a cadeia produtiva do tabaco movimenta cerca de R$ 17 bilhões por ano, já que o Brasil é o segundo maior produtor e o maior exportador mundial de fumo. Porém, esse negócio lucrativo também é prejudicial aos trabalhadores envolvidos em suas etapas. Segundo o Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco, do Instituto Nacional do Câncer, a exposição aguda aos agrotóxicos pode causar diferentes reações nos fumicultores, que vão desde tontura, fraqueza e cólicas abdominais até enjoo, vômito, tremores, convulsão, falta de ar e aceleração dos batimentos cardíacos. Além disso, os produtores são bastante expostos ao risco de câncer. Danos neurológicos, transtornos mentais, infertilidade, entre outros problemas graves de saúde.

A prevenção ao fumo precisa ser encarada um investimento em saúde básica. Reduzir a exposição, sobretudo dos mais jovens, ao hábito do cigarro e de tantas outras drogas, como o narguile, cigarro eletrônico e, claro, entorpecentes ilícitos, é urgente para que tenhamos uma população mais saudável.

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