A cada etapa da vida apresentamos desejos e sonhos. Para alguns, a vontade de ter uma bicicleta é combustível para melhorar o desempenho nos estudos; para outros, o sonho de uma profissão que agregue valor à própria existência e de terceiros é motivo de sobra para se dedicar a aprender algo novo. Seja qual for a meta ou objetivo, na infância ou na vida adulta, o que ninguém espera é ter esse desejo interrompido com o término da própria vida. Essa triste realidade tem sido noticiada pelo Ibiá neste início de 2023.
Acidentes costumam chocar e comover, não importa a idade da vítima, mas quando ocorre com jovens cheios de planos para o próprio futuro, é algo ainda mais difícil de ser assimilado por aqueles que ficam. Pior ainda é quando algo tão desejado por um jovem é associado a sua partida prematura, como temos visto em recentes acidentes envolvendo motociclistas. Em quatro dias, entre os dias 29 de dezembro de 2022 e 2 de janeiro de 2023, o Ibiá noticiou o falecimento de três jovens, com idades entre 21 e 28 anos, que tiveram seus sonhos barrados na estrada.
Em comum, além da pouca idade, tinham a paixão por seus veículos e a esperança em um futuro de realizações pessoal e profissional. São sonhos interrompidos, planos que ficam pela metade e projetos que deixarão de acontecer por conta de um acidente, uma decisão errada, um minuto de bobeira ou qualquer que seja o motivo das fatalidades. Jovens que estavam no auge dos seus vinte e poucos anos, empolgados com seus empregos e planos, e que agora deixam saudade em suas famílias. Saber se os acidentes que interromperam seus caminhos foram causadas por condições de trafegabilidade, imprudência, ou se apenas foram uma triste coincidência não os trará de volta à vida. Mas é necessário para que possamos evitar que mais famílias chorem a partida de seus filhos, irmãos e que mais sonhos sejam tão precocemente interrompidos.