Não há mais como adiar uma solução ao problema dos cavalos em Montenegro. Já não é uma questão de debate, reunião de ponderar com teses e opiniões. A maior e mais próspera cidade do Vale do Caí, entre os 10 melhores desempenhos Econômicos, está passando vergonha ao deixar proliferar uma crise de desumanidade. De quem são os cavalos? Quem é responsável pela sua apreensão? Onde serão deixados, em fiel depositário ou em santuário de preservação? Todas essas perguntas não deveriam estar pairando sobre uma comunidade urbanizada e que se orgulha com os mais glamurosos títulos; enquanto não dá conta de um cenário pitoresco que remete aos “confins rurais” do Brasil.
Então em sua capa o Ibiá precisa estampar uma foto que faz tremer quem tem a mínima consciência de civilidade, uma imagem de sofrimento imposta a um ser vivo, para que Montenegro assuma que tem um problema. Uma verdadeira crise que se ampliou porque há anos é empurrada com a barriga, valendo-se apenas na boa vontade dos voluntários.
Falamos de cavalos amarrados em qualquer espaço verde para pastar, onde podem ficar horas sob sol, chuva e frio. Destes locais acabam se soltando, especialmente quando o alimento fica escasso, e ingressam nas ruas e rodovias. Assim se cria um risco imenso e que já não se limita à vida do animal. No dia 5 de setembro passado a comunidade viu o resultado da colisão de uma van com um bicho que tem este tamanho. Por sorte não houve fatalidade. Mas o mesmo talvez não tivesse acontecido se fosse um carro menor ou ainda uma motocicleta.
Não podemos esperar que uma vida humana seja ceifada para que vereadores e prefeito tomem uma providência definitiva e com tamanho condizente a Montenegro; inclusive com punição jurídica dura aqueles que agem com tamanha irresponsabilidade na guarda de um cavalo. Um passo importante foi dado ao substituir a tração animal por bicicleta para aqueles que trabalham com a reciclagem, ainda que o novo veículo ainda cause queixas.
Mas ainda se carece de uma mudança no paradigma. Para tanto os olhos e os braços do governo municipal precisam ser ampliados, tornado a luta pela vida dos animais mais do que era conscientização. Precisamos de um alerta de que isso é crime.