Sim, nós podemos

Não, este texto não é sobre Barack Obama, nem sobre campanhas de marketing político que deram certo. É sobre a nossa realidade. No último final de semana, tivemos pelo menos dois eventos culturais em Montenegro que merecem destaque não apenas pela participação do público e relevância artística, mas, principalmente, por serem iniciativas da população, que não tiveram sua realização encabeçada pela Administração Municipal. É lindo ver a Cidade das Artes mostrando seu DNA criativo e tendo bons resultados com isso.
Nada contra os eventos realizados pela prefeitura. Ao contrário! Essa semana mesmo terá início um, e dos mais importantes: a Feira do Livro. Mas não temos de ser reféns dos gestores públicos. Sim, nós podemos realizar ações de cultura e lazer, no Centro, nos demais bairros, nas praças, nas ruas. Podemos e devemos. Fácil não é. Demanda organização e dedicação de um tempo precioso. Mas rende aplausos e sorrisos incontáveis.
O Uai tchê uniu a cultura gaúcha com a mineira em um belo espetáculo apresentado no Teatro Therezinha Petry Cardona, na Fundarte, na noite de sábado, 28. Já o Domingo na Praça dos Ferroviários reuniu grande público com diversas atrações, culminando com o show do Acústicos e Valvulados. A banda teve um atraso, explicado pelo trânsito da BR-386 após um acidente no trecho de Nova Santa Rita. Problema? Nenhum. Em alguns minutos, três grandes artistas da região estavam no palco dando show, entoando clássicos de Tim Maia. Chegou a bater aquele orgulho de sermos a Cidade das Artes. E, no microfone, já foi anunciada a boa notícia: o evento terá uma nova edição, no mês de novembro.
Não é incomum ouvirmos reclamações a respeito da Cidade das Artes proporcionar poucas atividades para atrair público de outros municípios e até mesmo manter os montenegrinos por aqui nos finais de semana. A reclamação, até certo ponto, é justa, afinal, oferecer cultura está entre as atribuições dos gestores públicos. Mas o último final de semana provou que nós podemos ir além do reclamar. Podemos agir por uma cidade que satisfaça as nossas preferências. Fazer algo para melhorar o que nos desagrada é algo que está ao nosso alcance. Provas não faltam.

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