Em pleno século XXI, alguns assuntos ainda são tabus em nossa sociedade. Um tema, no entanto, que precisa deixar de ser tão vergonhoso, é a saúde sexual feminina. Uma pesquisa divulgada pela Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia mostra que 47% das mulheres acham que assuntos relacionados à vagina devem ser tratados de forma privada e 35% se sentem desconfortáveis em fazer isso, mesmo fora do ambiente público.
Sentir dor durante o ato sexual não é normal, principalmente se isso for recorrente. Não sentir prazer também não deve ser visto como normal. Isso pode esconder problemas mais graves de saúde, que necessitam de cuidados médicos. É imprescindível que, além da preocupação com o controle de natalidade – fundamental para quem não deseja filhos – os profissionais da saúde sejam consultados quando há qualquer desconforto na região genital. E isso não deve ser sinônimo de vergonha.
Mais do que o prazer sexual – que é, sim, muito importante para a mulher, já que a relação deve ser agradável a ambos os envolvidos, o tabu em torno da região ginecológica feminina pode ter outros agravantes. Diversas doenças estão relacionadas aos cuidados com essa área do corpo, conforme abordado no caderno Ibiá Saúde deste final de semana. Muitas delas são facilmente tratáveis, mas só são diagnosticadas se o tabu for quebrado – é uma questão de saúde!