Sem máquinas e sem melhorias

São frequentes as queixas de montenegrinos sobre a falta de manutenção das redes de esgoto, a demora no atendimento a demandas simples, como o fechamento de buracos nas vias públicas, tanto no meio urbano como rural. Esse é um dos vários problemas frequentes que poderiam ser sanados pela Administração Municipal se tivesse um parque de máquinas em condições de ser usado.
Reportagem publicada nesta edição, porém, mostra uma realidade bem distante do ideal. E não é exagero comparar o parque de máquinas da Prefeitura com um cemitério, pois o maquinário está em situação precaríssima. Numa conta rápida, o presidente da Câmara de Vereadores, Erico Velten (PDT) encontrou em torno de 40 veículos parados por falta de manutenção e 13 que serão leiloados porque assumiram a condição de sucata. Os problemas são diversificados. Algumas máquinas estão em situação de sobrevida, precisando de um tratamento que não chega.
As razões para esse cenário caótico podem estar na falta de recursos, na burocracia excessiva em torno da compra de qualquer peça em uma administração pública, ou ainda na falta de cuidado no uso desse maquinário. Os motivos podem ser um, dois ou todos os três, além de outros, incluindo a falta de gestão.
Embora isto não justifique a situação, vale lembrar que o problema é recorrente e já motivou outras reportagens em governos anteriores. O assunto volta à tona diante de um projeto de lei que tramita na Câmara autorizando a Prefeitura a adquirir máquinas e computadores, num montante de R$ 3,2 milhões, financiados a juros baixos pelo Banco do Brasil.
A situação em que se encontra o maquinário deixa clara a necessidade de alguma medida, mas não bastam recursos para compra de novos equipamentos. Paralelamente, é preciso buscar as razões que levaram ao sucateamento e solucioná-las, ou, em pouco tempo, o município terá um novo cemitério no pátio da Secretaria de Viação e Serviços Urbanos.

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