No mais recente caderno de saúde publicado pelo Ibiá, no último final de semana, retomamos um assunto importantíssimo à saúde pública: a necessidade de vacinar nossas crianças para, assim, manter distantes doenças que já tinham sido erradicadas, mas que voltaram a ser foco de preocupação. Por sinal, o chamado “movimento anti-vacina” está mobilizando especialistas pelo mundo todo, que lutam para que crianças não morram pela irresponsabilidade e desinformação de seus pais ou responsáveis. É inaceitável que as pessoas não protejam seus filhos, expondo as crianças a enfermidades que, apesar de gravíssimas, são facilmente – e sem custo – passíveis de prevenção.
Porém, a manchete do jornal desta quarta-feira, dia 3, também revoltou pelo mesmo motivo. É que esses pais, tão cobrados a levar seus herdeiros para serem imunizados, estão chegando às salas de vacina e descobrindo que a BCG está em falta. Isso ocorre em várias cidades do Vale do Caí. Sabe-se que essa imunização deve ser aplicada nos bebês ainda nos primeiros dias de vida e que protege contra formas graves da tuberculose.
O problema é nacional e registrado de forma sazonal em praticamente todos os estados do Brasil, tendo relação com a distribuição feita pelo Ministério da Saúde. Em algumas regiões, a rede privada também teve falta no abastecimento. Seja qual for a causa do problema, ele precisa ser resolvido de forma geral. E isso, mesmo que não esteja nas mãos das nossas autoridades regionais, merece a cobrança de todos os pais, secretários de saúde municipais e também do Estado. É inaceitável que qualquer criança fique doente porque a dose de vacina a qual tem direito não lhe foi oferecida no período certo. Os pais devem ser cobrados, mas os governantes precisam ser responsabilizados por essa importante falha do Sistema Único de Saúde.