A gente está tentando retomar muita coisa. Retomar as atividades comerciais, as aulas, as competições esportivas e tudo o mais. Em resumo, queremos retomar a vida toda, exatamente como ela era antes da pandemia do novo coronavírus. O que é fácil esquecer é que também teremos de retomar alguns bons hábitos. Sabemos, é claro, que uma parte das pessoas nunca se preocupou em fazer atividade física regular ou alimentar-se com qualidade, muito menos no reflexo que essas duas atitudes têm na saúde ao longo da vida. Fato é que faz, sim, toda a diferença. E se a Covid-19 é muito perigosa – e sim, ela é – doenças como hipertensão e diabetes também.
Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostrou que os Brasileiros são muito menos ativos do que deveriam para manter o corpo em boas condições. Mais de 40% são considerados sedentários, ou seja, não têm uma prática frequente de atividade física. E essa pesquisa foi realizada em 2019, portanto, antes da pandemia. Sabemos que muitas pessoas, em função do isolamento social, tiveram de parar ou modificar suas rotinas de treino. Alguns retomaram. Outros não. Para um grupo de pessoas, essa é uma necessidade. Estes foram aqueles que pediram treino online pro instrutor, transformaram a garagem em tatame ou arrastaram os móveis para correr em plena sala de casa.
Mas, para outros, uma obrigação cumprida com pouco prazer. São pessoas que frequentavam a aula coletiva de dança mais pelo apoio dos amigos do que pela própria vontade. Ou que levantavam cedo a cada manhã, brigando com o despertador, apenas porque representava um compromisso pessoal com o próprio corpo. Este é o grupo que mais preocupa. A perda do hábito daquela caminhada, corrida ou ida à academia pode significar uma demora muito grande para retomar alguma atividade. Nos últimos meses, muita gente ganhou peso, seja porque se movimentou menos ou porque descontou na comida todas as suas ansiedades e preocupações de um ano difícil. E isso significará menos saúde ali na frente. A pandemia nos cobrará um preço alto também nisto. Quanto antes a gente retomar os bons hábitos, melhor. Com todos os cuidados, é claro.
