A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara de Vereadores realizou uma reunião, na última semana, para entender as circunstâncias da morte de Aline Gonçalves, de apenas 35 anos, ocorrida no início de julho. A diarista foi vitimada por um derrame cerebral. Dias antes do óbito, ela já sentia dores e havia buscado ajuda.
Os familiares e amigos de Aline acusam negligência por parte da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e do Samu. Já o Samu aponta que a jovem não tinha indicação de transporte no momento do atendimento e a Secretaria de Saúde, que havia informado não haver registro do atendimento da jovem, pediu a abertura de uma sindicância para apurar os fatos há um mês, no dia 23 de julho.
É imprescindível que as circunstâncias que levaram à morte de uma mulher de 35 anos, que há dias buscava atendimento médico, sejam apuradas rigorosamente. Não se trata apenas de achar culpados – e, havendo, puní-los -, mas de garantir que seja feita uma discussão sobre os procedimentos, para que novos casos como esse não ocorram.
É inegável que, via de regra, Montenegro tem um bom atendimento em saúde. Não há questionamentos quanto a isso. Mas se houve uma exceção, e ela resultou na perda de uma vida, ela precisa ser tratada como tal. É necessário dar a devida atenção ao caso porque não é somente a vida de Aline que foi perdida (o que já é bastante coisa). Há uma família inteira convivendo há quase dois meses com a falta de respostas, sentindo a ausência de uma esposa, de uma mãe, de uma amiga. Muita gente sofre e essas pessoas merecem acalmar seu coração. Para isso, que todos os envolvidos colaborem para que, o mais rápido e acertivo possível, se tenha um desfecho do caso.