Após anos de espera, finalmente as obras da Emei Centenário parecem estar, de fato, saindo do papel. O prédio, que teve seu início ainda em 2016, agora passa por uma nova fase, com a conclusão da cobertura e o reboco das paredes. É uma esperança que se renova aos moradores e futuros residentes das áreas ao redor da escolinha, que deve oferecer cerca de 230 vagas para crianças da comunidade circunvizinha.
Acabamos de completar cinco anos do início da obra. Enquanto ocorriam paralisações nos serviços, embargos legais, discordâncias em relação a valores e cláusulas contratuais, muitas famílias esperavam apenas a chance de colocar seus filhos na escola. No início deste ano, contamos a história de Silvana Santos, que aguardava ansiosa pela creche para poder matricular a sua filha, da qual estava grávida quando a novidade foi anunciada. A filha de Silvana cresceu, já foi para o ensino fundamental, e a Emei ainda segue em construção.
Esse foi só um exemplo de tantas histórias que se passaram desde que a fundação do prédio começou a ser construída. Houve ordem judicial para que o município abrisse vagas de educação infantil – o que já era uma deficiência na cidade -. As obras da Emei pararam, seguiram, pararam novamente e o prédio começou a ser usado irregularmente. Havia relatos de animais vivendo ali, lixo descartado no pátio da futura escola, do uso da estrutura como banheiro público irregular e até casos de vandalismo. Felizmente isso agora parece fazer parte do passado. E que, diga-se de passagem, os moradores da volta não querem vivenciar novamente.
O anúncio de que a obra – dessa vez – está de acordo com o novo cronograma é um alento para as famílias que esperam, já no ano que vem, usufruir desse espaço público. Embora muitas crianças já não possam mais estudar ali, outras estão vindo e certamente ficarão felizes em dar os primeiros passos escolares naquele espaço. Que possamos, em 2022, ouvir barulho das brincadeiras pelo pátio, das professoras ensinando as cores e as canções de roda aos pequenos e ver o colorido típico de escolinhas de educação infantil pelas paredes, que embelezam a cidade e enchem os olhos de amor.