Reforço na Segurança Pública

Por mais que a criminalidade pareça avançar sem que os freios impostos pela sociedade funcionem, as forças públicas dão sinais de que não desistirão do combate ao crime. Isso serve de alento para uma sociedade já acuada e ferida nos seus direitos mais básicos. Na manhã de ontem, o Vale do Caí teve a inauguração da Sala das Margaridas e Cartório Especializado de Combate ao Abigeato. A primeira, voltada a atender a vítimas da violência contra a mulher. O segundo, uma resposta aos casos de roubo de gado, que assustam o interior.
As margaridas são flores resistentes. Para sua preservação, elas se fecham durante as noites. Mas não pense que isso é sinal de derrota. Pela manhã, elas ressurgem, firmes, vibrantes e prontas para vencer as adversidades. Em uma analogia à condição feminina, as salas para onde as vítimas de violência doméstica serão encaminhadas ao chegarem ao plantão da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) a fim de receberem atendimento individual e personalizado, com agentes capacitados para entender a suas necessidades e dar o encaminhamento cabível ao caso, são batizadas de Salas das Margaridas.
O Cartório Especializado vem igualmente atender a uma demanda importante. Crimes nos quais bandidos invadem propriedades na calada da noite e matam o gado no intuito de roubar a carne são, infelizmente, cada vez mais comuns. E, além de roubarem dos produtores suas noites tranquilas de sono, ainda criam um grave problema de saúde pública, afinal, essa carne está sendo vendida e consumida em algum lugar. Então a dúvida paira em um consumidor que, por óbvio, quer preço baixo, mas, também está cada vez mais atento à origem do produto.
A responsabilidade por um Estado mais seguro não é apenas da polícia ou dos gestores públicos. Ela depende de todos nós, numa união de forças. A campanha “Um Segundo Contra a Violência” alertou para esse fato. Muitos homens que se dizem honestos vão pra cadeia por agredirem mulheres, algo que, em seu pensamento, não os desabona. E quem compra carne fruto de abigeato, para revender, está incentivando a violência. Pensem sobre isso!
É provável que tanto a Sala das Margaridas, quanto o Cartório Especializado – infelizmente – não coloquem fim às ocorrências de violência contra a mulher nem aos casos de abigeato. Porém, são anúncios importantes para dar uma resposta a quem teima em infringir as leis. O Rio Grande do Sul não é uma terra sem lei ou sem lideranças que as mantenham em vigor.

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