Que mulher não gosta de ser mimada? Mas, para além de oferecer flores ou congratulações, hoje é um dia de reflexão. O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, foi instituído como tal a fim de garantir a memória de mulheres que lutaram por direitos civis e trabalhistas. Após mais de um século, e com mais de 100 países celebrando a data, ainda há desigualdade de direitos, falta de representatividade e desencorajamento para que elas sigam determinados caminhos em suas vidas pessoais ou profissionais.
A média salarial das mulheres ainda é inferior a de homens que ocupam a mesma função. Quando elas se propõem a realizar sonhos, como empreender, seguir carreiras em áreas predominantemente masculinas ou até realizar reparos domésticos considerados ‘trabalho de homem’, são vistas com desconfiança. Precisam provar de forma ainda mais efusiva que são capazes de cumprir aquilo que desejam.
As mulheres ainda são as principais vítimas de violência doméstica, é sobre elas que recai a criação dos filhos em caso de separação e sobre elas também recai a dupla – muitas vezes tripla – jornada entre trabalho e lar. Quando se fala em mulheres negras, indígenas e quilombolas então, a situação fica ainda mais complexa. Estão no topo das estatísticas e na base das oportunidades. Lutam diariamente para, muito antes de se euipararem aos homens, alcançar igualdade de direito com as brancas. São camadas e mais camadas de um tecido social marcado pela fissura da desigualdade e que precisa, urgentemente, de atenção e ações práticas.
Mas, claro, como grandes guerreiras que são, mesmo diante de tantas adversidades, nossas heroínas provam que podem ser o que quiserem. Esta semana, além de matérias especiais nesta edição, o Ibiá apresenta uma série de lives sobre empreendedorismo, auto-estima, superação da violência e mercado de trabalho. Elas celebram o protagonismo feminino e provocam reflexão sobre os temas porque, claro, homenagens são sempre bem-vindas, mas reconhecimento e luta por igualdade são necessárias.