Quase toda manhã os leitores do portal do Ibiá leem a notícia sobre determinada área de Montenegro estar sem água por conta do rompimento da rede e necessário reparo que obriga o desligamento do serviço. É sabido que problemas de rompimento na tubulação de água não são restritos a Montenegro. Ao contrário, diversas cidades enfrentam dificuldades similares. Mas não podemos aceitar isto como normal. Na última semana tivemos uma série de rompimentos que, por terem ocorrido em vias importantes, além do desabastecimento de água para realização do conserto, ainda geraram interrupções no trânsito que afetaram a circulação de pessoas em ruas do Centro. Além do transtorno, isso causa prejuízo aos lojistas que têm menos circulação de público e têm afetadas as vendas.
Isto não quer dizer, porém, que só são relevantes os casos que ocorrem na região central. Os ocorridos em áreas mais afastadas ou com menos circulação de automóveis acabam por atrair menos reclamações por conta do trânsito. Mas, nos bairros periféricos, as pessoas sofrem a falta de água, necessária aos reparos, em geral um turno sem abastecimento, às vezes mais. Não se pode negar o esforço dos funcionários da Corsan e também da empresa contratada em minimizar os transtornos. Percebe-se empenho em liberar o trânsito e a oferta do serviço o mais ágil possível. O que é necessário, além disso, é avançarmos em soluções mais definitivas.
Uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 28, na Câmara de Vereadores, debateu o contrato de prestação de serviço da Corsan com Montenegro. Um dos temas em pauta era justamente os reparos de buracos causados por manutenções em vias públicas do Município. É preciso salientar que este foi um encontro muito mais voltado à apresentação de esclarecimentos iniciais do que algo propriamente resolutivo. É um começo. Mas não pode parar nessa reunião. Até onde se sabe, devido a reclamações e explicações de outros verões, o problema está na rede ser extremamente antiga e precisar ser substituída. Isto, somado às alterações de temperatura que temos no Verão, causa o rompimento.
Aí, a equipe da Corsan conserta um ponto e, pouco tempo depois, outro se abre, às vezes com poucos metros de distância. A solução definitiva tem, obviamente, alto custo, o que retarda a sua realização. Bom, que a autorização das obras da RSC-287 – que pareciam quase inalcançáveis de imediato – nos sirva de incentivo para que este outro problema, também antigo e caro, tenha uma solução. É inaceitável que isto se arraste por mais verões, sem que uma solução seja apresentada.