Após quase dois anos de incertezas, ontem, finalmente, os alunos do Rio Grande do Sul voltaram às aulas presenciais de forma obrigatória. A verdade é que o ensino híbrido já ocorria há alguns meses, em uma prudente – embora controversa – tentativa de retornar à normalidade com a garantia de que todos estariam seguros. Agora, diferente do que vinha ocorrendo, todos devem voltar às atividades presenciais regularmente. O decreto 56.171 do governo do Estado só é possível porque os gaúchos, dando exemplo a todo o Brasil, abraçaram a campanha de vacinação contra a Covid-19 e a nossa região vive, agora, uma realidade de baixa nos casos e, principalmente, de redução nos casos graves. A obrigatoriedade do retorno presencial à rede básica pública e privada era uma realidade iminente. A expectativa é de que seja segura a alunos, familiares e servidores da educação. Por aqui, as escolas já viviam uma realidade em que quase todos os estudantes frequentavam aulas presenciais.
Em Brochier, os estudantes tiveram um motivo a mais para festejar o retorno 100% presencial. Por lá, a quadra coberta da Escola Estadual de Ensino Médio Erni Oscar Fauth, foi inaugurada na última sexta-feira. O espaço agora permitirá que as aulas de Educação Física e outras atividades fora de sala de aula ocorram também em dias chuvosos. Além disso, nos dias de calorão, a cobertura da quadra ajuda a proteger os estudantes para que as atividades físicas aconteçam com mais conforto. O espaço representa um grande ganho à comunidade, que sonhava com essa conquista há mais de 20 anos. Certamente, foi um momento de comemoração e representará grande motivação para estar na escola.
Por outro lado, em Montenegro, mais do que motivação, os alunos da escola Paulo Ribeiro Campo (Polivalente) seguem sem expectativa de reverem-se nas salas de aula. Isso porque ainda não houve a recomposição da fiação elétrica roubada. Uma vergonha, já que falamos de uma das principais instituições de ensino de Montenegro. Não basta a 2ª CRE admitir que sabe do prejuízo que os alunos estão tendo, ou afirmar que está se empenhando para resolver o problema. É preciso ação, afinal, é mais de um ano sem uma estrutura básica. Para avançar, de fato, na educação, é preciso garantir os recursos mínimos às instituições de ensino.