Os leitores homens do Ibiá que me desculpem, mas, o editorial de hoje é para elas. O motivo você já deve saber. É que neste domingo, dia 8, será celebrado o Dia Internacional da Mulher. Nos últimos dias, leitora, você já encontrou nas páginas do Ibiá diversas matérias que fizeram referência à data, da cobertura de eventos até análise de números positivos como a redução da desigualdade de gêneros, ou preocupantes, é o caso do aumento dos feminicídios. Na edição de hoje você encontra um caderno recheado de histórias de mulheres e de homenagens a vocês, além de matérias especiais nas editorias de polícia e esporte. O motivo é simples: toda a mulher é merecedora de homenagens e não poderíamos deixar passar esta data sem dar luz aos seus sonhos e conquistas.
Gostaríamos muito de poder passar o dia, semana ou até o mês da mulher todinho falando de coisas positivas. Que sonho seria abordar apenas aquilo que as mulheres gostam e o que conquistam. Infelizmente, não é possível. Porque elas ainda ganha menos que eles. Porque elas ainda não alcançaram uma divisão igualitária das tarefas domésticas. Porque ainda são olhadas torto por trabalharem em áreas consideradas redutos masculinos. Porque a cada ano mais mulheres morrem assassinadas pelos companheiros. Porque ainda existe mulher que se mantém em relação abusiva porque não tem condições financeiras ou psicológicas de sair. A verdade é que as razões para não comemorar o Dia Internacional da Mulher e tratá-lo como protesto existem.
Mas, diante disto tudo, olhamos em volta e pensamos que sim, ele também deve ser festejado. Sobretudo no Brasil. Precisamos comemorar a força da mulher brasileira que, diante de todas as dificuldades, ergue-se e enfrenta o que for preciso para ir além. Sim, temos dificuldades. Mas vamos pensar também no quanto evoluímos. Estamos nos últimos anos avançando em diversos campos da sociedade e isso abre portas. Quando uma mulher avança, ela permite as demais ousarem sonhar em também avançar. Quando uma mulher retroage, ela precisa do apoio das outras para retomar sua posição. E ela tem esse apoio. Avante, mulheres! Estamos em 2020 e, para os próximos anos, temos muito para conquistar!