Estudo divulgado pela Fundação Abrinq indica a necessidade de priorizar o combate às desigualdades regionais, se o país realmente desejar alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030. O resultado refere-se aos pontos ligados diretamente à criança e ao adolescente.
Na faixa dos zero aos 14 anos, é elevado o percentual da população brasileira que se encontra em situação de pobreza. O índice nacional chega a 40,2%. Para avaliação, foram consideradas pobres as famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa. Na análise do relatório, são observadas as grandes diferenças regionais camufladas pela média nacional.
O pior desempenho é identificado em Alagoas, onde 66% das crianças e adolescentes se enquadram nessa condição de pobreza, seguida do Maranhão, com 62,4%. Enquanto isso, na outra extremidade, o Rio Grande do Sul tem o menor percentual, com 24,9%, seguido pelo Paraná, com 24,5%.
Em um país com grande extensão territorial como o Brasil, as diferenças culturais são naturais, mas a condições de vida tão desiguais não podem ser aceitas com a mesma naturalidade. Para que os objetivos traçados sejam cumpridos, é preciso que todos os grupos sociais e regiões do país estejam dentro das metas, que inclui a erradicação da pobreza, fome zero, saúde e bem-estar. E, lembrando uma máxima popular, o amanhã depende das crianças de hoje, os números revelam que há muito a ser feito para que elas tenham qualidade de vida no presente e um futuro melhor.