Podemos começar hoje

A funcionalidade das sacolas e dos sacos plásticos é inegável. Baratos, são uma excelente ferramenta para o transporte das compras. Da mesma forma, as embalagens feitas deste tipo de material tornam quase tudo mais portátil e prático. O vidro, principal matéria empregada no passado para recipientes de refrigerantes, cervejas, leite e uma gama infinita de outros artigos, é mais caro num primeiro momento. E quebra se o manuseio não for cuidadoso, elevando o risco de acidentes. O problema é que estamos exagerando.

Um estudo publicado pela ONG The Pew Charitable Trusts em parceria com a Systemiq, companhia voltada para o fortalecimento de uma economia sustentável, mostra que o lixo plástico boiando nos oceanos pode triplicar até 2040 se ações efetivas não forem tomadas com urgência. Chamado de “Quebrando a onda do plástico: um estudo sobre caminhos possíveis para parar a poluição plástica nos oceanos”, a pesquisa foi publicada na revista “Science” e tira conclusões alarmantes. Gráficos do relatório mostram que, nos próximos 20 anos, a geração de resíduos plásticos dobrará, o vazamento de plástico para o oceano praticamente triplicará e o estoque do produto sob a água mais que quadruplicará.

O efeito é devastador. Uma das principais consequências é a morte em grande escala dos cardumes de peixes. O plástico depositado no fundo do mar não só dificulta o encontro de alimentos como leva as espécies a ingeri-lo, causando asfixia. A boa notícia é que dá para frear a tragédia, através de hábitos e políticas de combate à poluição plástica.

De acordo com o relatório, soluções efetivas poderiam reduzir o lixo em mais de 80%. Essas medidas passariam pela redução da produção e do consumo de plástico, optando por alternativas biodegradáveis, além de estimular a reciclagem e a limpeza dos oceanos. Tudo isso acompanhado do uso de novas tecnologias e modelos de negócio que facilitariam a implementação de soluções. O estudo calcula que os governos economizariam cerca de 70 bilhões de dólares e reduziriam a emissão de gases causadores do efeito estufa relacionados ao uso de plástico em 25% até 2040.

E onde nos situamos neste esforço? O primeiro passo é separar o lixo corretamente, para que uma parcela maior do plástico descartado seja reciclada, aumentando o seu uso e reduzindo a produção. E, ao fazer as compras, dar preferência a ítens com embalagens retornáveis ou biodegradáveis. Pode parecer difícil, mas, com um pouco de esforço, podemos mudar esta cultura. Pela nossa sobrevivência!

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