Perdendo verbas

Para qualquer lado que se olhe é possível perceber a falta de recursos públicos. Não há dinheiro suficiente para educação, para saúde e para segurança pública. Rodovias federais estão sem manutenção. O Estado não paga funcionários em dia. E os municípios – salvo raríssimas exceções – atrasam uma conta para pagar outra. Enquanto isso, uma medida que pode garantir a entrada de recursos se arrasta no Senado Federal.
É a possibilidade de legalizar os jogos de azar – como bingo, bicho e cassinos, por exemplo – fazendo com que essa prática, que ocorre ilegalmente por todo o país, renda recursos, já que os estabelecimentos seriam obrigados a pagar impostos. Um dos argumentos que atrasam a liberação é que a legalização incentivaria a lavagem de dinheiro e a sonegação. Porém, são práticas que também ocorrem à sombra da lei e que as instituições de segurança pública têm de coibir e fiscalizar.
A renda oriunda de estabelecimentos que exploram jogos, se bem aplicada, pode colaborar para que tenhamos saúde, educação e segurança públicas mais dignas. Vale lembrar, por outro lado, que já há bastante fontes de recursos. Basta analisar o que cada um paga de impostos para perceber. E, ainda assim, nada parece bastar porque o dinheiro não chega aonde deveria, seja por incompetência ou ganância. Precisamos de mais recursos. E eles podem vir dos jogos. Também precisamos de melhores administradores. Esses têm de vir das urnas. Ou nada melhorará.

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