A retórica a respeito da responsabilidade dos cidadãos se torna repetitiva, tanto quanto indispensável. Dentro deste prisma, a Consulta Popular é um momento para exercer a participação como direito irrevogável e como dever irreparável. O cidadão decide aplicação de recursos, aponta prioridades e se coloca em uma posição com direito de cobrança ampliado.
Não que a ausência da votação tire o direito de exigir dos governos o cumprimento de metas, realização de obras e desenvolvimento de projetos em prol do bem-estar geral da população. O dever dos governantes independe de uma votação.
A teoria diz respeito à participação estendida, que começa na escolha de pautas, segue pela semana de votação na Consulta, e se estende pelos quatro anos de duração do governo. Também é uma forma de vigiar a aplicação dos recursos provenientes de seus impostos. Tudo que diz respeito ao direito de opinar e à transparência na gestão pública está concretizado na Consulta Popular.
Pelos que querem justificar sua esquiva, é recorrente o argumento de que os projetos escolhidos não são, ou demoram para serem realizados. Todavia, a ausência do processo não terá efeito contrário, pois não votar amplia em muito a possibilidade de nada ser feito pelo Governo do Estado.
Retornamos ao princípio do direito de cobrar o implemento das obras escolhidas. E nesta segunda abordagem defendemos o princípio de que, quanto mais pessoas participarem, quanto mais votos os projetos selecionados tiverem, mais força o povo tem na hora de exigir que seu dinheiro seja investido naquilo que classificaram como prioridade.
Vozes unidas têm ressonância ampliada, desenvolvendo capacidade de mover as engrenagens paradas. Sobretudo quando a união é entorno de benefício coletivo. Escolher um projeto da Agricultura é tão importante quanto um de Educação Pública, uma vez que o leque de benefícios se abrirá sobre todo o Vale do Caí.
Que nesta semana de Consulta Popular, a comunidade seja um organismo único e solidário. E que cada mulher e homem esteja no controle de seu destino, votando em benefícios à comunidade na qual vive.