O Brasil foi construído por muitas mãos, com seus tons de pele variados; por muitas vozes e suas variações linguísticas dissonantes. Se hoje a Nação goza de benefícios econômicos e culturais, é graças também a essa múltipla variedade de pessoas que se encontraram e se misturaram no alicerce do país. Neste dia 25 de julho enaltecemos os imigrantes alemães, trazidos em contexto que misturava tensão política e projeto de desenvolvimento, deram sua contribuição em setores que ainda hoje são fundamentais.
Antes de tudo, devemos recordar que o grande motivador foi a necessidade de formar uma força armada para assegurar a Independência do Brasil proclamada pelo regente Dom Pedro I, em 1822; o que colocou em segundo plano o programa de imigração para ampliar fronteiras e as terras plantadas. Sem promessas cumpridas e sendo enviados a locais realmente selvagens, os imigrantes precisaram, antes de tudo, incorporar a superação como característica.
Talvez não houvesse a opção de desistir, mas o certo é que prevalecer diante das dificuldades. Bastou três décadas para sentirem se em casa, migrando dentro do território, deixando para trás a Colônia de São Leopoldo para buscar outros espaços. Entre derrubar mato e com este erguer seus lares e lavrar a terra para plantar, ergueram igrejas nas quais pediam proteção divina, implantando também o legado da religiosidade.
Estas e outras contribuições podem ser facilmente reconhecidas nos dias atuais por meio da presença das famílias rurais, também chamadas de colonos. Especialmente o interior as comunidades mantém vivas ritos como a Celebração Religiosa seguida da mesa farta e a festa, repetida com sucesso pela Comunidade Luterana de Campo do Meio. Também pode ser percebida por manterem suas mãos no campo, passando de geração para geração a habilidade de cultivar o alimento dos brasileiros.
Mãos fortes e dedicadas ao ofício mais indispensável que a humanidade conhece, mesmo com a mecanização ou digitalização pela qual passa o mundo. Vamos sempre precisar do Colono, da agricultura familiar produzindo perto das cidades, integrando o lastro econômico coletivo. O Brasil precisa agradecer a cada etnia que contribui com sua história. Nesta semana agradecemos ao colono e colona alemã, pelo calçado, a batata, o feijão e o chopp nas alegres Oktoberfest’s.