Quem é usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) sabe que ele tem falhas e dificuldades, sobretudo na gestão e falta de recursos. Às vezes não sabe da sua importância. Parece que, como nossas avós já diziam, o cobertor é curto. E ele é cada vez mais curto pelo fato de que – também pela crise financeira – o número de pessoas que necessitam é crescente. Mas é preciso que o usuário também faça uma análise de como contribui para falhas.
Exemplo desse sério problema é detalhado na página 6 do Ibiá de hoje. É grande o número de consultas marcadas nas unidades de saúde às quais os pacientes não comparecem. Também não há justificativa. Esse problema é grave do ponto de vista financeiro. O médico, a enfermeira e toda a equipe estão sendo pagos para atender pacientes. Se estes não vão, os recursos são desperdiçados. O mais grave impacto é que, enquanto alguns desperdiçam, outros precisam e não têm. Cada um tem que ter consciência sobre isso e, no mínimo, informar com antecedência que não tem mais intenção de consultar. Assim, a vaga pode ser passada para outra pessoa.
Mas há também grandes exemplos vindos do SUS. Ontem, Montenegro foi palco para um deles. O pouso de um helicóptero no campo ao lado do Hospital da Unimed Vale do Caí chamou a atenção. Ele trazia médicos que vinham ao Hospital Montenegro fazer a retirada de órgãos para transplantes. Do sofrimento de uma família, virá o alívio de outras tantas.
O que alguns sabem é que só se faz transplante pelo Sistema Único de Saúde. Você pode ter plano de saúde ou dinheiro para pagar particular e, ainda assim, será o SUS a salvar a sua vida. Mantê-lo e valorizá-lo é missão de todo cidadão.