O papel de construir on e offline

O uso das redes sociais para segregar, espalhar ódio e difundir conteúdos torpes, mentirosos ou violentos é motivo de preocupação na sociedade contemporânea. O tema é, inclusive, debatido nas instituições religiosas. O grande cuidado em utilizar as ferramentas sociais para o bem comum é atual e legítimo.
O papel das redes sociais na comunicação foi o tema da conversa com a imprensa, promovida em um café da manhã na Cúria da Diocese de Montenegro. Em alusão ao Dia Mundial das Comunicações Sociais, o papa Francisco divulgou uma mensagem, em que diz que as redes devem servir como instrumento para nos conectarmos melhor e ajudar uns aos outros.
Para ilustrar o bom uso das redes, o bispo Dom Carlos Romulo fez uma alusão à invenção do avião. Certamente, o meio de transporte foi desenvolvido com o objetivo de aproximar as pessoas. Não se imaginava que o mesmo seria usado, anos depois, em guerras ou como instrumento para cometer crimes. O mesmo ocorre com as redes sociais. A intenção é reduzir as distâncias e criar comunidades de pessoas que gostem dos mesmos assuntos. Mas o uso dessas ferramentas pode ocasionar grandes conflitos e até ser instrumento de crimes e ações que impactam negativamente na vida dos outros.
Curtir, compartilhar e comentar são atividades que já fazem parte do nosso cotidiano e, muitas vezes, fazemos quase sem pensar. Mas, até onde isso pode nos levar? Ou melhor: as mobilizações que ocorrem nas redes, quando são em prol de causas nobres, se repetem na vida off-line? A solidariedade que ocorre na internet é refletida em ações com a nossa família, com a nossa comunidade ou com pessoas que nos são estranhas? O objetivo das redes é compartilhar e serem extensões da nossa vida. Mas precisamos cuidar para que nossas ações não se restinjam ao ambiente online.

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