O mundo mudou

Se você tem mais de 30 anos sabe que o mundo mudou muito nessas três décadas. A partir dos anos 90, tudo se acelerou com os avanços tecnológicos. As pessoas se comunicam, se transportam, ouvem música, se informam, pedem comida, assistem a filmes… tudo de outra forma, tudo mais instantâneo. O que deixou o ser humano e, sobretudo, as gerações que não conheceram outro mundo que não esse, mais imediatistas. Acredite, houve tempo em que deixar de responder a uma mensagem em 10 minutos não era ignorar alguém.
Hoje as pessoas dizem que não têm tempo para ler um livro. Dizem que não têm disponibilidade para degustar uma refeição em família. Em geral, as garfadas são intercaladas por “likes” nas redes sociais. A perda de saúde que isso gera – e o mundo está cada vez mais doente – é compensada com idas frequentes à academia. Aí vem a “self” para bombar no “story”. As crianças abandonam os parquinhos para jogar em tablets, problema que já assusta pediatras. Há, também, o movimento contrário. Pessoas que estão se desconectando. Ação que muitos especialistas consideram também exagerada.
O mundo mudou numa velocidade tão grande que alguns avanços parecem não estar sendo bem aproveitados. Talvez esteja faltando à humanidade justamente o tempo de se adaptar às mudanças e testar o que serve e o que prejudica. Usufruir é muito diferente de tornar-se dependente e esse já é o caso de grande parte da população. Inteligentes são aqueles que conseguem utilizar os avanços sem se tornarem reféns deles. Temos que lembrar que nada supera a mente humana e que toda máquina nasceu de um cérebro brilhante que não se contentou em obedecer a um equipamento já existente. Quis mais. Fez mais. E se tornou mais que qualquer máquina.

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