Estamos em um momento de necessária e extrema valorização do que é daqui. Extrema, porque é uma questão de sobrevivência. Nossa comunidade depende disso para manter-se de pé diante desse momento tão difícil no mundo todo. Você tem visto nas páginas do Ibiá matérias e anúncios publicitários sobre isso. Mas este texto pretende ir um passo adiante. Valorizar o que é daqui também significa promover a nossa gente e a nossa cultura.
Na próxima segunda-feira, 8 de junho, comemora-se o Dia do Citricultor. Nós, do Vale do Caí, devemos muito à citricultura e, obviamente, aos profissionais que tornam essa cultura tão presente nos nossos campos. O tão famoso hábito de comer bergamota no sol, “lagartear”, presente em grande parte do Sul do Brasil, é uma tradição com o sabor do nosso Estado. E o Vale do Caí é responsável por uma parcela significativa dos frutos cítricos, um símbolo do nosso inverno.
A citricultura faz parte da identidade do Vale do Caí, além, é claro, de desempenhar papel importante na economia local. As frutas – limão, laranja e bergamota – são inclusive celebradas festas pela região. Da tradicional abertura da safra, aqui em Montenegro, até outras festividades como a Festa da Bergamota, de São Sebastião do Caí, e a Früchtefest, organizada pelo município de Harmonia, tudo leva aos pomares.
Sabemos que 2020 está sendo um ano difícil para a agricultura gaúcha. E os nossos citricultores foram muito afetados. A chuva não veio na intensidade necessária para garantir a qualidade e a quantidade das bergamotas, quando comparada com outros anos. Mas sabemos que a expectativa ainda é muito grande por esta safra e que os citricultores seguem firmes no cultivo e cuidados com as plantas, afinal, nossa gente tem como característica a perseverança e os citricultores do Vale do Caí são um grande exemplo disso. A todos os bravos representantes dessa categoria, nosso parabéns!