A cena foi testemunhada na manhã desta terça-feira, na loja de conveniências de um posto de combustíveis de Montenegro. O sujeito entra e é advertido pelo atendente de que precisa estar com a máscara de proteção contra a Covid-19. Irritado, o homem recua, vai até o carro, pega a proteção, coloca-a no bolso do casaco e tenta ingressar novamente. Mais uma vez, é barrado e o que se segue é um diálogo constrangedor:
– Tem que usar a máscara aqui dentro – explica o funcionário do posto.
– Que diferença faz? – questiona o cliente, muito incomodado, colocando a proteção.
– A gente tem que cumprir o decreto – retruca o atendente, procurando manter a calma e a educação.
– Que merda! – esbraveja o comprador.
Na sequência, o cliente pede uma recarga de celular, no valor de R$ 10,00, e, assim que entrega o dinheiro, antes mesmo de virar as costas, arranca a máscara do rosto e sai reclamando em voz alta.
Situações assim devem ocorrer o tempo todo e não apenas nas lojinhas dos postos. Alguns comerciantes, já enfrentando dificuldades para se manter, deixam passar para não perder a venda. Infelizmente, ainda há muita gente que não se convenceu da importância da proteção para si e para as pessoas com quem convive. Especialistas vêm alertando que o uso da máscara reduz em até 85% o risco de contágio. Logo, é possível evitar que a comunidade adoeça e o poder público seja obrigado a fechar novamente o comércio. Desde que todos colaborem.
A pandemia de coronavírus, que muitos começam a chamar de “3ª Guerra Mundial”, afetou a população de quase todo o planeta de alguma forma. Ainda que muitas pessoas desdenhem sua gravidade, as cenas de hospitais lotados e de enterros coletivos pelo país são provas contundentes de que todos correm perigo.
Depois de quase 40 dias de lojas fechadas, é necessário flexibilizar as atividades do setor, mas os negacionistas e os irresponsáveis colocam esse processo em xeque quando não fazem a sua parte e sabotam a iniciativa. Se a situação piorar, eles, que tanto criticam o isolamento, serão os grandes responsáveis pelo seu retorno. É muita ignorância!